Traficante Abadia passou por pelo menos três cirurgias plásticas
Juan Carlos Ramirez-Abadia, um dos traficantes mais procurados do mundo, usava várias identidades no Brasil e, para não ser descoberto, fez pelo menos três cirurgias plásticas no rosto.
A Polícia Federal (PF) faz nesta segunda-feira (20) a Operação São Francisco em cinco estados do país para desmontar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. O grupo era ligado a um dos maiores traficantes do mundo, Juan Carlos Abadia, preso há dez dias. Os criminosos usavam uma exportadora de frutas para enviar a cocaína ao exterior.
Câmeras espalhadas pela fachada e uma guarita garantem a segurança da mansão no Morumbi, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo. Segundo a PF, a casa pertence ao traficante colombiano Gustavo Durán Bautista, preso no Uruguai no sábado (18). Dentro do imóvel, a polícia recolheu vários passaportes. Bautista seria o chefe de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas.
A investigação mostra que a cocaína sai do Cartel Valle do Norte, na Colômbia, do traficante Juan Carlos Ramirez Abadia, e vai de avião para Bolívia e Uruguai. Segue também em aviões bimotores para o interior da Bahia e Ceará, de onde a cocaína é "exportada" em navios para Europa, especialmente para a Holanda.
Avião e helicóptero
Em São Paulo, a polícia procura seis pessoas. Pelo menos uma já foi presa. Três motos e um carro importado foram apreendidos. No aeroporto do Campo de Marte, a polícia apreendeu um avião e um helicóptero que pertenceriam ao grupo. O hangar foi lacrado.
No interior, foi preso um piloto suspeito de transportar a droga. Carros de um colombiano que vivia em Sorocaba, a 100 km de São Paulo, também foram recolhidos.De acordo com a investigação, a quadrilha transportava a droga usando uma empresa de exportação de frutas.
A página na internet diz que a empresa produz mangas, melões e uvas e funciona em Petrolina, Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, a mesma cidade onde fica a fazenda do chefe da quadrilha.
Outros estados
Além de São Paulo, a operação ocorre em Santa Catarina, na Bahia, no Rio Grande do Norte e no Ceará. As investigações sobre o caso começaram há quatro anos e, desde então, resultaram na apreensão de cinco milhões de euros e meia tonelada de cocaína, que seria exportada para a Europa.
Neste fim de semana, sete pessoas foram presas no Uruguai - duas delas brasileiras -ambém apontadas como participantes do esquema. No momento da prisão, eles descarregavam meia tonelada de cocaína pura, em uma fazenda na cidade de Salto, a 500 Km de Montevidéu.
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