A Polícia Federal (PF) indiciou ontem o engenheiro Raggi Badra Neto, diretor de licitações da Camargo Corrêa, no inquérito da Operação Castelo de Areia. Badra é apontado pela PF como um dos integrantes de suposta organização criminosa para superfaturamento de obras públicas, licitações fraudulentas e doações eleitorais "por fora".
O executivo foi preso na manhã de quarta-feira (dia 25) em caráter temporário, por decisão do juiz Fausto Martin De Sanctis. A PF o indiciou pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e câmbio ilegal. Raggi Badra negou a prática de crimes. Questionado sobre conversas que teve com outros dirigentes da Camargo Corrêa e com o doleiro Kurt Paul Pickel, ele reiterou que não realizou nenhuma conduta ilícita. Segundo a PF, ele explicou que apenas mantém contato com os demais funcionários e diretores da empresa. "São contatos profissionais em razão do cargo de direção que ocupo", declarou o engenheiro.
A PF também enquadrou a secretária Darcy Flores Alvarenga, presa sob acusação de agendar encontros de outros dois diretores da construtora, Fernando Dias Gomes e Pietro Giavina Bianchi, com o doleiro Pickel, apontado como articulador do esquema. Relatório de Inteligência da PF afirma que Darcy é "conhecedora do esquema engendrado para a consecução de ilícitos diversos". O relatório sustenta que Raggi Badra é "atuante no ramo de licitações e estaria perpetrando atividades espúrias ao arrepio da legislação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
- Sarney diz que diretora do Senado não trabalhou em suas campanhas políticas
- Juiz nega pedido da OAB para suspender buscas na Camargo Corrêa
- Governo já pagou R$ 354,9 milhões à Camargo Corrêa desde 2003
- Envio de dinheiro no caso Camargo Corrêa envolve empresas fantasmas
-
Com baixa produtividade e pautas “emperradas”, Câmara empurra projetos para o 2°semestre
-
Quem são os principais alvos de Lula além de Bolsonaro
-
Quais são os próximos passos da reforma tributária; ouça o podcast
-
Crise econômica, caos dentro do partido: como os conservadores britânicos perderam o poder após 14 anos