A Polícia Federal (PF) do Paraná solicitou nesta quinta-feira (10) a transferência dos 14 presos envolvidos na Operação Lava-Jato detidos em Curitiba para presídios federais, de segurança máxima, e estaduais. Entre eles estão o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Os suspeitos foram presos em março durante as investigações de um esquema de lavagem de dinheiro, que movimentou mais de R$ 10 bilhões em sete estados, entre eles o Paraná.

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A solicitação da PF é para que a menos três detidos fossem encaminhados para presídios federais e que os outros 11 fossem transferidos para prisões estaduais. Entre os três que podem ir para presídios federais estão Youssef e Costa. O motivo de três dos presos irem para detenções com segurança máxima é, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, porque a carceragem de Curitiba é provisória e pelo fato destes três detidos estarem "assediando" os demais presos. A acusação de assédio não foi explicada pela PF.

Previsão

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O pedido de transferência deve ser julgado a partir do final da próxima semana, informou nesta sexta-feira (11) a Justiça Federal do Paraná. Conforme a Justiça Federal, antes que o pedido seja analisado o Ministério Público e os advogados dos acusados terão um prazo de cinco dias para se manifestarem sobre a transferência. O prazo começa a correr a partir da próxima segunda-feira (14).

Operação Lava-Jato

A operação Lava-Jato foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 17 de março e prendeu 24 pessoas em sete estados investigadas por crimes contra o sistema financeiro. Entre os presos estava o doleiro Alberto Youssef, de Londrina, que teve envolvimento no desvio de pelo menos US$ 30 bilhões do banco Banestado na década de 1990.

Escutas telefônicas feitas pela PF indicaram ainda o envolvimento do ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), que é investigado pelo uso de um jatinho particular do doleiro.

Já o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso no dia 20 de março após tentar destruir documentos.

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