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Operação Lava Jato

PF desarticula quadrilha que movimentou R$ 10 bi no PR e mais 6 estados

Vista externa do hotel Blue Tree, em Londrina. Imóvel arrendado para a rede de hotéis pertence a Youssef | Roberto Custodio/Jornal de Londrina/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Vista externa do hotel Blue Tree, em Londrina. Imóvel arrendado para a rede de hotéis pertence a Youssef (Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina/Agência de Notícias Gazeta do Povo)
PF sequestrou imóvel de luxo em Londrina, que seria do líder de uma das facções que lavava dinheiro |

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PF sequestrou imóvel de luxo em Londrina, que seria do líder de uma das facções que lavava dinheiro

Um dos veículos que foram apreendidos pela Polícia Federal na

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Um dos veículos que foram apreendidos pela Polícia Federal na

Entre os bens apreendidos também estão alguns quadros |

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Entre os bens apreendidos também estão alguns quadros

Ação da PF envolve 400 agentes, que cumprem mandados em 17 cidades de sete estados do Brasil |

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Ação da PF envolve 400 agentes, que cumprem mandados em 17 cidades de sete estados do Brasil

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta segunda-feira (17), uma operação para desarticular uma quadrilha que praticava crimes financeiros, como lavagem de dinheiro, e cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão em 17 cidades, em sete estados, entre eles o Paraná. A estimativa é de que o grupo tenha desviado uma quantia superior a R$ 10 bilhões, em um esquema que envolvia pelo menos quatro organizações criminosas - o líder de uma delas é de Londrina, no Norte do Paraná, e foi preso nesta manhã no Maranhão.

A operação envolve a participação de cerca de 400 policiais federais. Estava previsto, ao longo da manhã, o cumprimento 81 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução coercitiva, em 17 cidades, de sete estados. No Paraná, há cumprimento de mandados em Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina e Foz do Iguaçu. Até o meio-dia, 24 pessoas já haviam sido presas, segundo balanço da corporação.

Segundo a PF, que batizou a operação como Lava Jato, o grupo executava a lavagem de dinheiro por meio de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis. Sem dar detalhes, a polícia também relatou que, para realizar os desvios, eram utilizados ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal e desvios de recursos públicos, entre outros.

Completam a lista de cidades onde ocorrem o cumprimento de mandados São Paulo, Mairiporã, Votuporanga, Vinhedo, Assis e Indaiatuba, em São Paulo; Brasília, Águas Claras e Taguatinga Norte, no Distrito Federal; Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro; e Cuiabá, no Mato Grosso. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Estado do Paraná.

A investigação está ligada à prisão do empresário André Santos, flagrado pela PF transportando a maior quantia de dinheiro em espécie já apreendida no aeroporto de Brasília desde 2012. Ele foi detido em dezembro passado com US$ 289 mil e R$ 13.950 escondido nas meias.

Santos já é réu em ação na qual é acusado de fazer parte do braço financeiro de uma quadrilha de libaneses especializada em contrabandear produtos do Paraguai, operando um esquema de lavagem e remessa de dinheiro para o exterior "fora dos meios regulares".

A Polícia Federal informou que vai divulgar, em entrevista coletiva nesta tarde, mais detalhes sobre a operação.

Doleiro é preso em Londrina

Um dos procurados pelo esquema, Alberto Youssef, seria o líder de um dos quatro braços da quadrilha e foi preso em um hotel no Maranhão pela Polícia Federal, nesta manhã de segunda-feira. Uma das propriedades dele, o Hotel Blue Tree, que fica em Londrina, foi sequestrado pela Justiça.

Segundo informações da PF, foram realizadas buscas nas casas do empresário na cidade do Norte paranaense e em São Paulo, além de uma empresa dele, também em São Paulo. Em 2004, o doleiro foi condenado pela Justiça por crimes contra o sistema financeiro nacional.

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