A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (5) mandado de prisão preventiva contra o sócio da Arxo, Gilson João Pereira, e o diretor financeiro da empresa, Sérgio Ambrósio Maçanerro. Os dois estavam em Itajaí (SC) e são acusados de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, que vem sendo investigado na operação Lava Jato.
Uma testemunha que trabalhou na área financeira da Arxo contou aos investigadores que a empresa pagava propina para obter informações privilegiadas e contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras para a distribuição de combustíveis. Um outro sócio da empresa estaria voltando dos Estados Unidos e deve se entregar assim que desembarcar no Brasil.
Com sede em Piçarras (SC), a Arxo é alvo de buscas nesta quinta-feira. Por ora, o nome da colaboradora que fez a denúncia não foi divulgado. As informações dela complementaram investigações da PF e foram um dos motivos da deflagração da nova etapa da operação, com novas prisões, buscas e apreensões.
Os investigadores responsáveis pela Lava Jato suspeitam que o esquema de corrupção tenha continuado mesmo depois de ter sido tornado público o escândalo de recebimento de propinas por executivos da estatal, que vem sendo apurado há quase um ano.
A Arxo divulgou nota nesta quinta-feira, na qual informa que está colaborando com as investigações. Veja a íntegra:
"A Arxo informa que o setor administrativo da empresa está com atividades suspensas, no momento, para que nossos profissionais possam prestar informações solicitadas pela Receita e Polícia Federal. A intenção da empresa é contribuir com o trabalho das autoridades, ajudando-os com todo e qualquer esclarecimento necessário. A produção fabril opera sem alterações."
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