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A Polícia Federal retomou os depoimentos de cinco dos 25 presos na Operação Hurricane (Furacão, em inglês) que ainda não haviam sido interrogados, na madrugada desta quinta-feira, um dia após a divulgação de um relatório sigiloso da PF revelando que integrantes da máfia dos caça-níqueis e do bingo fizeram pelo menos um pagamento de R$ 1 milhão ao ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região José Eduardo Carreira Alvim, em troca de decisões favoráveis a donos de bingo no Rio de Janeiro , como mostra, nesta quinta-feira, reportagem do jornal "O Globo" .

A previsão era de que os presos fossem ouvidos na quarta-feira, mas uma paralisação de 24 horas da PF suspendeu os trabalhos de investigação. A maioria deles conversou com os delegados, mas preferiu não colaborar com as investigações. Eles querem encontros reservados com os advogados, sem o monitoramento da polícia. O prazo das prisões temporárias termina no domingo. O delegado responsável pelas investigações já disse que vai pedir a prisão preventiva para evitar a destruição de provas.

De acordo com o relatório da Polícia Federal, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho paulista Ernesto da Luz Pinto Dória também teria recebido um pagamento mensal de R$ 10 mil da organização. Há indícios ainda de uma negociação com o advogado Virgílio Medina, que envolveria o pagamento de R$ 1 milhão por uma decisão do ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e irmão do advogado. No entanto, o advogado do ministro negou que o ministro esteja envolvido com o esquema , afirmando tratar-se de um empréstimo pessoal.

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