A Polícia Federal bloqueou os passaportes da primeira-dama de Campinas, Rosely Nassim Jorge dos Santos, e do vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), foragidos desde sexta-feira sob acusação de integrarem o "centro nervoso" de organização criminosa para fraudes em licitações e corrupção. A medida foi tomada "por cautela" pelo juiz Nelson Augusto Bernardes de Souza, que decretou a prisão preventiva de Rosely e Vilagra. O juiz quer evitar que eles saiam do país.
A ordem de prisão e de embargo dos passaportes se estende a outros três denunciados pelo Ministério Público que também não foram localizados - Aurélio Cance Junior, ex-diretor técnico da Sanasa (companhia de saneamento de Campinas), Ricardo Cândia, "responsável pela recolha de grande parte do numerário arrecadado ilicitamente ante confiança que a suposta chefe (Rosely) do bando nele depositava", e Francisco de Lagos, ex-secretário de Comunicação e apontado como "homem forte" da administração Hélio Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT).
Investigação dos promotores do Gaeco, tentáculo do Ministério Público que combate corrupção, incrimina 22 empresários, lobistas e servidores da cúpula do governo Dr. Hélio. O desvio de recursos públicos pode chegar a R$ 615 milhões.
Ao fundamentar o decreto de prisão de Rosely, Vilagra e dos outros alvos da ação, o juiz assinalou: "Quando estamos diante de grandes organizações criminosas, estruturadas de forma sólida o cometimento dos crimes a que ela se dedica estão organizados em escala vultosa e com divisão de tarefas".
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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