A Polícia Federal vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo fiscal e contábil do PT e da Coteminas, empresa do vice-presidente da República José Alencar, para investigar a origem de R$ 1 milhão depositado na conta da empresa pelo partido. Segundo os próprios petistas, o dinheiro não está registrado na contabilidade do partido. Ao longo da investigação, a PF deve chamar para depor Josué da Silva Filho, filho de Alencar e presidente da empresa. A PF já requereu ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) a cópia do documento em que o Conselho faz o comunicado oficial do pagamento ao Ministério Público.
No fim de semana, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares confirmou, por intermédio do advogado Arnaldo Malheiros, ter feito vários depósitos na conta da Coteminas para cobrir gastos de campanhas eleitorais do partido. Delúbio, que em maio deste ano, período em que foi feito o depósito, era responsável pela diretoria de finanças do partido, afirmou, entretanto, não lembrar de quando ou quanto em dinheiro foi repassado pelo partido à empresa. Ele também não detalhou de que forma foram feitos os depósitos, se na conta da empresa ou em dinheiro vivo entregue diretamente nas mãos de dirigentes.
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