Um dos principais coordenadores da campanha presidencial do PT, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel afirmou neste domingo (25) que é preciso deixar o tempo cicatrizar as mágoas do deputado Ciro Gomes (CE), cuja candidatura presidencial está prestes a ser rejeitada pelo PSB. Pimentel tratou como pessoal o projeto de Ciro e minimizou as declarações do socialista, que afirmou que o presidenciável tucano, José Serra, é mais preparado que a pré-candidata petista Dilma Rousseff.

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"Ele está vivendo um momento muito delicado, muito difícil. Porque o projeto dele de ser candidato à Presidência da República se inviabilizou. É um momento difícil para ele. Ele está tenso, está nervoso e é natural que, às vezes, em um momento como esse, a pessoa tenha essa reação mais brusca", afirmou. "Vamos deixar o tempo cicatrizar as mágoas. Eu tenho certeza que o Ciro vai estar conosco nessa disputa de 2010."

Com elogios ao deputado pelo Ceará, o ex-prefeito procurou passar uma imagem de tranquilidade na pré-campanha de Dilma. "Não tem estrago nenhum. Às vezes o sujeito faz uma declaração ou outra que mais adiante vai corrigir."

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Itamar Franco

Pimentel também admitiu a possibilidade de o PT conversar com o ex-presidente Itamar Franco (PPS), que, embora aliado de primeira hora do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB), tem sido bastante relutante no apoio a Serra e já flertou com a candidatura Marina Silva (PV). O ex-prefeito disse que tem conversado Itamar "sobre a política em geral".

"Ele está num partido de oposição, que é o PPS, mas ele tem luz própria", destacou o petista, apostando que o ex-presidente poderá fazer uma "reflexão sobre o quadro político brasileiro" e acabar declarando apoio a Dilma. "Eu não afasto essa possibilidade".

Prévias

A uma semana da data marcada para as prévias que definirão o pré-candidato do PT ao governo de Minas, Pimentel se reuniu com cerca de 300 apoiadores no Sesc Venda Nova. O ex-prefeito disputará a indicação petista com o ex-ministro Patrus Ananias. Segundo ele, as negociações com o PMDB de Hélio Costa só serão retomadas após a definição do nome do PT.

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Os partidos e os pré-candidatos já firmaram um compromisso pelo estabelecimento de um palanque único para Dilma no Estado, como cobra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Está cedo para dizer que vai ter dois palanques. Nós vamos trabalhar para ter um só. A hipótese de dois palanques é se tudo fracassar, se nada der certo", observou Pimentel.