A Interpol incluiu nesta segunda-feira (18) o nome do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato entre os procurados em 190 países.
Em seu site, a Interpol informa que Pizzolato é procurado pelas autoridades brasileiras por estar condenado e menciona os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A polícia internacional ainda cita que ele fala as línguas portuguesa e italiana.
O STF (Supremo Tribunal Federal) condenou Pizzolato a 12 anos e sete meses de prisão por ter autorizado o repasse de R$ 73,8 milhões do banco para o esquema do mensalão.
A prisão dele foi decretada na semana passada, mas no sábado ele anunciou que havia fugido para a Itália, onde também tem cidadania. As autoridades brasileiras acionaram então a Interpol para que ele seja localizado.
Pelo tratado de extradição entre Brasil e Itália, nenhum dos dois países é obrigado a enviar quem tem cidadania local, mas o governo que negar o pedido tem de avaliar a abertura de um processo contra essa pessoa desde que o outro país remeta as informações necessárias.
Na carta que divulgou sábado, Pizzolato menciona o tratado e diz que está preparado para um julgamento na Itália. "Por não vislumbrar a minha chance de ter um julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção", disse.
Em sua defesa, ele afirma que os recursos do Banco do Brasil foram aplicados em campanhas publicitárias, e não desviados para o mensalão. Mas ele mesmo recebeu R$ 336 mil do esquema, num envelope que disse ter entregue ao PT sem abrir.
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