Andrea Haas visitou na manhã desta terça-feira (11) o marido Henrique Pizzolato na penitenciária de Modena, na Itália. Ela passou pouco mais de duas horas no complexo penitenciário. Foi a segunda visita de Haas ao ex-diretor do Banco do Brasil. Ao deixar a prisão, Andrea disse apenas que o marido estava bem e não quis conceder entrevista.

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Condenado a 12 meses e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi preso na última quarta-feira em Maranello, no norte da Itália. Na semana passada, a Justiça da Itália negou o pedido de liberdade provisória impetrado pelo defensor de Pizzolato. Ele vai responder ao processo de extradição preso.

Defesa quer vetar envio de computadores ao Brasil

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O advogado Lorenzo Bergami, que defende Henrique Pizzolato, vai se opor ao envio ao Brasil dos dois computadores e do tablet apreendidos durante a operação que resultou na prisão do ex-diretor do Banco do Brasil.

Segundo a Interpol italiana, dois procuradores da República deverão chegar à Itália nos próximos dias para entregar um pedido oficial para que os equipamentos sejam enviados, lacrados, ao Brasil. "Nós entendemos que os computadores devem continuar sob custódia da Justiça italiana enquanto correr a ação de extradição", disse Bergami na tarde desta terça-feira (11).

A solicitação deve ser feita via carta rogatória à Corte de Apelação de Bolonha, instância onde deverá correr a ação para a extradição de Pizzolato. Caberá ao tribunal decidir sobre o pedido para que os equipamentos sejam periciados no Brasil.Carta rogatória é um instrumento jurídico que permite à autoridade judicial de um país encaminhar uma demanda ao Judiciário de um país estrangeiro. O pedido do envio dos equipamentos independe do desfecho da extradição.

O interesse da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal é buscar pistas que ajudem a movimentação de dinheiro e registros de comunicações de Pizzolato na Europa. O advogado de Pizzolato disse que não conhece o conteúdo dos arquivos.

O chefe da Interpol na Itália, Francesco Fallica, disse que a polícia italiana não vai se opor ao envio dos equipamentos ao Brasil porque a varredura dos dados provavelmente majoritariamente em português seria mais simples no Brasil.

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Prisão

Numa ação das polícias italiana e brasileira, Pizzolato foi detido em Maranello (a 322 km de Roma), onde vivia na casa de um sobrinho, com passaporte falso em nome de Celso, irmão morto em 1978 em um acidente de carro.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o governo pedirá à Itália a extradição de Pizzolato. No entanto, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avaliam que a medida é "inócua". Para Celso de Mello, o pedido é "juridicamente inviável" já que Pizzolato possui cidadania italiana e as leis locais proíbem a extradição de seus cidadãos. Já a Procuradoria-Geral da República considera que existem brechas legais.

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