O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento ontem na fábrica da Klabin, em Telêmaco Borba (Campos Gerais), disse que, assim como o governo federal demonstrou preocupação com a queda na arrecadação das prefeituras, os estados também podem ser beneficiados. As medidas, no entanto, não vão atingir igualmente as unidades federativas, pois nem todas estão passando por sufoco.
Segundo Lula, vários ministros, entre eles o do Planejamento, Paulo Bernardo, e a da Casa Civil, Dilma Rousseff, estão empenhados em analisar caso a caso. Esse levantamento já mostrou que nem todos os estados foram afetados pela queda na arrecadação, a qual é consequência dos cortes de impostos promovidos por Lula, numa tentativa de manter a economia aquecida.
O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse ontem, em Brasília, que o governo estuda liberar recursos para os estados porque pretende evitar que a crise econômica internacional atinja "a ponta da economia do país. "O importante é não deixar essa crise chegar na ponta. Precisamos evitar fluxos migratórios. O Ministério da Fazenda, a equipe econômica, está debatendo (o assunto). A ideia não é de um pacote, mas de se fazer algo dentro do possível e do necessário para manter empregos e gerar novos, afirmou o ministro.
Múcio não adiantou as medidas em análise pelo governo para socorrer os estados. Na opinião do ministro, a ajuda às cidades na segunda-feira foi anunciado crédito de R$ 1 bilhão para as prefeituras vai ter reflexos diretos no orçamento estaduais. "Os governadores devem ter acordado hoje com um sorriso no rosto. Isso amenizou (os governadores), disse.
Segundo o boletim divulgado em março pelo Tesouro Nacional, com dados do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) as transferências tanto para estados quanto para prefeituras apresentaram queda de 6,8% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. As informações são da Agência Brasil. O ministro Paulo Bernardo, que também esteve em Telêmaco Borba, destacou que, no ano passado, as transferências tiveram aumento de 20% em relação a 2007.
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