A sessão desta terça-feira (9), em que o Senado vai decidir se a presidente afastada, Dilma Rousseff, se tornará ré no processo de impeachment, será presidida somente pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
A intenção do ministro é interromper a sessão a cada quatro horas, fazendo um intervalo de uma hora a cada período desse. Caso Lewandowski precise se ausentar, por qualquer motivo, durante os trabalhos, nenhum senador irá substituí-lo: a sessão será interrompida e retomada quando ele estiver presente.
O ministro, inclusive, pode suspender os trabalhos a qualquer tempo. Garantiu, contudo, que vai finalizar a votação nessa sessão, que deve durar cerca de 20 horas e só vai terminar entre a madrugada e a manhã de quarta (10).
A sessão foi iniciada por volta das 9h45 desta terça, com atraso -a previsão era que se iniciasse às 9h.
Lewandowski entrou no plenário às 9h06, mas não havia mais que 10 senadores no local. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), só chegou à Casa às 9h40.
O primeiro senador a ter a palavra será o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo, que vai defender o afastamento definitivo de Dilma. Em seguida, será aberta a palavra a todos os senadores, que poderão falar por 10 minutos cada um. Até o momento, já são quase 50 inscritos para discursos.
Em seguida, a acusação tem meia hora para apresentar argumentos, meso tempo concedido à defesa. Após pronunciamento das partes, haverá a fase de encaminhamento, última antes da votação: dois oradores da defesa e dois da acusação poderão usar a palavra por cinco minutos, cada. Só então o painel será aberto a voto.
O governo interino de Michel Temer aposta em até 60 votos nesta terça para tornar Dilma ré.
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