A Executiva do PMDB no Distrito Federal decidiu nesta segunda-feira (7) entregar seus cargos na administração do governo de José Roberto Arruda (DEM-DF), acusado de comandar um esquema de distribuição de propina para aliados. O PMDB, no entanto, pretende aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Federal sobre o tema para decidir o que fazer com seus filiados que aparecem no esquema.
Em nota, a executiva afirma que "diante da evolução desses fatos, que consideramos lamentáveis, esgotaram-se para o PMDB todas as alternativas de continuar contribuindo com o atual governo, não restando outra opção senão determinar a todos os seus quadros que se encontrar na atual administração a entrega imediata de seus cargos de confiança".
Os três deputados distritais do PMDB, no entanto, não compareceram à reunião e o presidente do diretório, Tadeu Filippelli, não confirmou se o partido apoiará um impeachment de Arruda.
"Não existe mais compromisso de governabilidade. É só o que posso dizer. O resto é com a Câmara Legislativa", disse Filippelli.
Debandada
PDT, PPS, PSB, PV e PSDB, que integravam a base aliada do governador já haviam decidido retirar seu apoio. Os partidos entregaram os cargos que ocupavam na administração do Democrata.
No último dia 2, a direção nacional do PSDB chegou a dar prazo de 24 horas para que filiados do partido deixassem seus cargos no governo do Distrito Federal, sob pena de expulsar quem se mantivesse ligado à administração de Arruda.
Citados no inquérito
O inquérito do Ministério Público, que apura o suposto esquema de distribuição de propina a aliados do governo do DF, cita os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Tadeu Filippelli (PMDB-DF) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Eles foram mencionados pelo empresário Alcyr Collaço, dono do jornal "Tribunal do Brasil", em um vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, como beneficiários de suposto esquema de distribuição de propina do DF.
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