O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), compareceu à cerimônia de transmissão de cargo do novo ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB-MT), mas deixou claro que o comparecimento era em respeito ao ex-ministro Antônio Andrade (PMDB-MG), antecessor de Geller. Alves fez questão de ressaltar que Geller não representa o partido no ministério. "Não é uma indicação da Câmara", afirmou ao Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, indicando que sua presença ocorreu em "apreço ao ministro Toninho (Antônio Andrade), que está saindo".

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Alves diz que o novo ministro terá seu apoio mesmo não atendendo à cota ministerial que o PMDB da Câmara teria direito no governo Dilma Rousseff. O partido abriu mão de indicar titulares para Agricultura e Turismo à revelia em razão da recusa de Dilma em aceitar nomes sugeridos pelo líder peemedebista na Casa, o deputado Eduardo Cunha (RJ). "Ele (Geller) é filiado ao PMDB e, pelo grande técnico que é e pelo trabalho que vai fazer, tem todo nosso apoio", disse Alves. "Não posso deixar de reconhecer que foi uma boa escolha (de Dilma), que é um quadro do PMDB e teve apoio de todo o setor", concluiu.

Em seu discurso, Geller fez questão se de referir ao partido como "meu PMDB, o seu PMDB, Henrique Alves". "Temos um compromisso com a nação e vamos caminhar com o Congresso Nacional", emendou. "A nossa atuação vai ser pautada pela lealdade ao meu partido, ao meu Estado e ao meu setor, afirmou. O ministro disse ainda que "as indicações políticas (no ministério) vão permanecer" de acordo com critérios técnicos.

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