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Moradores reconhecem retrato falado do suspeito de assassinar irmãos

Investigadores da Polícia Civil estiveram, na manhã desta quarta-feira (26), no Jardim Paraná, na Zona Norte de São Paulo, onde viviam os irmãos Francisco Ferreira Oliveira Neto, de 14 anos, e Josenildo José Oliveira, de 13 anos. Os policiais mostraram para moradores o retrato falado do suspeito de assassinar os adolescentes, cujos corpos foram encontrados na terça-feira (25). O retrato do suspeito ainda não foi divulgado para imprensa. Leia matéria completa

Irmãos desaparecidos podem ter sido mortos com lanças e violentados

Os irmãos Francisco de Oliveira Neto, de 15 anos, e Josenildo José de Oliveira, de 13 anos, foram amarrados na mata antes de serem mortos no sábado (22) afirmou nesta terça-feira (25) o delegado César Camargo, da 4ª Seccional Norte. Leia matéria completa

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou nesta quarta-feira (26) que conseguiu a identificação do homem suspeito do assassinato dos irmãos Ferreira Oliveira Neto, de 14 anos, e Josenildo José Oliveira, de 13 anos. Eles foram encontrados mortos na terça-feira (25) na mata da Serra da Cantareira, na Zona Norte de São Paulo. A polícia disse ainda que o suspeito é uma pessoa conhecida da população local.

De acordo com a delegada Cíntia Tucunduva, da Equipe Especial de Investigação de Crimes contra Criança e Adolescente, a polícia já procura o suspeito para levá-lo ao DHPP. Apesar de no retrato falado divulgado pela polícia constar uma cicatriz no lado esquerdo da face do suspeito, a delegada diz que há dúvidas em relação a localização da marca. Cíntia afirmou que a cicatriz pode estar tanto na face, quanto na sobrancelha, ou as duas coisas. Além do nome, a polícia diz ter os dados de qualificação do suspeito. Como os nomes dos pais e a idade.

A polícia está reticente em chamar o assassino dos dois irmãos de maníaco. "Para definir se a pessoa é um maníaco ou um serial killer, nós dependemos de uma avaliação psiquiátrica", afirmou a delegada. Ela disse que consultou os registros de morte ocorridos este ano na região da Serra da Cantareira, e nenhum deles em um primeiro momento tem características parecidas com a morte de Francisco e Josenildo. Apesar disso, a delegada disse que, após a prisão do assassino, poderá investigar se ele também tem ligação com as outras quatro mortes ocorridas desde fevereiro na região.

A delegada responsável pelo caso disse que uma pessoa que deixa os corpos no estado em que os jovens estavam deve ter algum tipo de transtorno. "Uma pessoa, independente de ser ou não a mesma que atacou os outros três adolescentes, e comete o ato que pudemos presenciar possui algum tipo de transtorno e é uma pessoa de certa periculosidade", disse. Retrato falado

Também nesta tarde o DHPP divulgou o retrato falado do suspeito de ter assassinado os irmãos Francisco e Josenildo. A imagem feita pelo DHPP revela um homem negro, com a cabeça raspada e uma cicatriz no rosto. O retrato falado foi feito a partir do testemunho de três adolescentes que estiveram na mata no sábado - mesmo dia do sumiço dos irmãos - e afirmam terem sido atacados pelo suspeito, mas conseguiram fugir. Os jovens disseram ainda que o homem tem 1,65 m de altura.

A delegada do DHPP disse que são altas as chances de ser a mesma pessoa que perseguiu os jovens e matou os dois irmãos. A polícia detalhou como foi feito o ataque aos três adolescentes que conseguiram escapar do homem cerca de uma hora antes de os irmãos desaparecerem. Cíntia Tucunduva explicou que a abordagem foi feita em uma trilha e o homem fingiu ter um revólver sob a roupa. De acordo com a delegada, ele perguntou aos três jovens se eles tinham medo de morrer e depois os amarrou uns aos outros. Logo em seguida, o homem soltou um deles que correu na mata. Ele tentou correr atrás do que escapou e, com a distração, os outros dois conseguiram se desamarrar e iniciaram a fuga. Um deles, porém, foi atingido por um golpe com um pedaço de madeira e teve o braço fraturado.

Outros reconhecimentos

Um homem de meia idade e um adolescente afirmaram nesta manhã aos policiais do DHPP que reconhecer o homem representado no desenho. No início do dias, a polícia esteve no Jardim Paraná, onde os irmãos moravam, e mostraram o retrato falado aos moradores da região. Para a imprensa, porém, a imagem só foi revelada nesta tarde.

Segundo afirmam os dois moradores ouvidos pelos policiais, o suspeito também estava no meio da mata na segunda-feira (24), à tarde, em local próximo de onde os garotos foram encontrados mortos.

O homem e o adolescente afirmam que estiveram no local após sair do Jardim Paraná por volta das 13h30 de segunda e andar cerca de uma hora mata adentro. Foi quando viram um homem negro, com uma cicatriz no rosto e a cabeça raspada escondido atrás de uma pedra. Segundo o relato das testemunhas, o suspeito se deparou primeiro com o adolescente, mas quando viu que ele estava acompanhado, afastou-se rapidamente. Crime

José Justino da Silva, de 28 anos, padrasto dos dois meninos encontrados mortos, disse que eles costumavam entrar no local onde morreram e que pouco depois do almoço de sábado a mãe sentiu falta dos filhos. "Por volta das 15h, a mãe entrou em desespero e foi procurá-los", contou o padrasto.

Ele disse que, por volta de 11h30 de sábado, Francisco de Oliveira Neto, pediu à mãe que o deixasse ir até a mata colher uma jaca. Francisco foi acompanhado do irmão, Josenildo José de Oliveira. "Eles foram criados nessa mata", afirmou o padrasto. De acordo com ele, um amigo da família encontrou o rastro de sangue nesta terça e chamou os policiais.

"Um colega meu encontrou sangue e chamou os policiais", afirmou Silva, que disse ter visto apenas o corpo do mais velho, onde haveria marcas de violência. O menino costumava entrar na mata e gostava de subir a serra para empinar pipa. Ferimentos

Na terça-feira, a polícia informou que os irmãos Francisco e Josenildo podem ter sido assassinados com lanças de madeira e também violentados. "Possivelmente, foi um maníaco que fez isso. A situação é muita trágica", disse Camargo, após retornar do local onde os corpos foram localizados - cerca de 1 km mata adentro.

Os corpos tinham vários sinais de perfuração e foram localizados sem roupas, cobertos por folhagens e em avançado estágio de decomposição.

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