Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) fizeram nesta segunda-feira a reconstituição do assassinato do milionário da Mega-Sena, Renné Senna, no distrito de Lavras, em Rio Bonito. Renné, que ganhou R$ 52 milhões de prêmio em julho de 2005, foi morto com quatro tiros em janeiro. Após a reconstituição, os policiais chegaram à conclusão que quem cometeu o crime tinha que conhecer bem a região. A polícia também concluiu que os assassinos receberam a informação que no dia da morte Renné Senna estaria no bar sem seguranças, o que raramente acontecia.
Quinze policiais refizeram o trajeto feito pelo milionário em 7 de janeiro: da Fazenda Nossa Senhora da Conceição, onde ele morava com a esposa Adriana Almeida, ao bar do Penco, onde o ex-lavrador foi morto a tiros. A viúva e os demais acusados do assassinato não participaram da simulação.
O quadriciclo vermelho usado no dia do crime pelo milionário, que não tinha as duas pernas, foi pilotado por um policial. Também acompanharam o trabalho dos agentes, o delegado titular da DH, Roberto Cardoso, os advogados dos policiais militares Marco Antônio Vicente e Ronaldo Amaral, o China - dois dos seis presos acusados de terem participado do crime.
Na sexta-feira, Adriana Almeida, de 29 anos, teve um pedido de habeas corpus negado. Ela é apontada como principal suspeita de ter planejado a morte do marido e está presa desde 30 de janeiro. O habeas corpus foi negado pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em seu despacho, Cármen Lúcia alegou questões técnicas. Ela explicou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia negado o habeas corpus à viúva em uma liminar. Como o pedido ainda não teria sido julgado no mérito pelo tribunal, o STF não poderia se adiantar para definir a situação. Além disso, a ministra não reconheceu nenhum motivo forte o suficiente para a concessão do benefício. "Não se demonstra, no caso, manifesto constrangimento ilegal ou violência estatal praticada contra a ora paciente", escreveu.
Em seu segundo depoimento à polícia, a viúva de Renné afirmou que o milionário da Mega-Sena queria matar o ex-segurança Anderson Silva de Sousa. Preso desde o dia 2, Souza é acusado de ter feito os quatro disparos que mataram o milionário.
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