A Polícia Federal (PF) encaminhou na última sexta-feira (7) o relatório da Operação Durkheim à 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Nele, 65 pessoas foram indiciadas -seis estão presas preventivamente e duas estão foragidas.
A operação investiga suspeitos de integrar uma quadrilha que espionava políticos e empresários e vendia informações sigilosas.De acordo com comunicado da PF, foram encontrados "elementos suficientes" para caracterizar o crime que deu início à operação e com isso o inquérito foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF), que poderá oferecer denúncia.
A investigação do caso começou em dezembro de 2010 com a apuração sobre um caso de suicídio do policial federal Richard Fragnani de Morais. Ele teria apontado a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos, suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.O inquérito da operação foi aberto em setembro de 2011.
No entanto, a PF informa que por causa da "multiplicidade" dos supostos crimes foi pedido o desmembramento do inquérito em quatro - crimes financeiros, crime de violação de dados protegidos por sigilo, escutas telefônicas ilegais, e crime de contrabando, identificado durante a operação.
A PF afirma que as investigações relacionadas a esses crimes continuarão, caso o desmembramento seja autorizado.