A Polícia Federal (PF) concluiu nesta sexta-feira (2) o inquérito da primeira fase da Operação Calicute, que investigou crimes de corrupção no governo do ex-governador Sergio Cabral, atualmente preso no Complexo Prisional de Bangu.
Foram indiciadas 16 pessoas por crimes que incluem corrupção passiva e ativa organização criminosa e lavagem de dinheiro. A PF anunciou ainda que serão instaurados outros inquéritos policiais para aprofundamento de novas vertentes da investigação. Entre os crimes que poderão ser investigados mais adiante, está a concessão de incentivos fiscais pelo estado do Rio a empresas privadas, como joalherias, e sonegação fiscal.
Segundo apurado na operação, os crimes chegam a R$ 220 milhões, valor pago por grandes empreiteiras como propina para garantir obras públicas. Na casa de Cabral, foram apreendidas joias no valor estimado de R$ 2 milhões. O ex-governador foi preso dia 17 de novembro.
Foram indiciados Sérgio Cabral Filho e sua esposa, Adriana Ancelmo, além de Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Luiz Carlos Bezerra, Hudson Braga, Wagner Jordão Garcia, José Orlando Rabello, Carlos Jardim Borges, Pedros Ramos de Miranda, Luiz Alexandre Igayara, Paulo Fernando Magalhaes Pinto Gonçalves, Luiz Paulo dos Reis, Alex Sardinha da Veiga, Rosângela de Oliveira Machado Braga e Jessica Machado Braga.
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB), preso sob acusação de comandar um esquema de corrupção em obras públicas durante seu governo (janeiro de 2007 a abril de 2014), continua no cárcere, em Bangu 8. Outros nove acusados, entre eles ex-secretários de estado, também estão na prisão.
A ex-primeira dama do estado Adriana Ancelmo foi conduzida coercitivamente a depor, mas está em liberdade. O casal é acusado de ter comprado cerca de R$ 6 milhões em joias, em suposta operação de lavagem de dinheiro que teria sido pago por empreiteiras. Em depoimento à PF, Cabral negou os crimes. A Operação Calicute foi desencadeada em 17 de novembro.
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