O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, foi denunciado nesta terça-feira (19) pela Polícia Legislativa por corrupção passiva, formação de quadrilha e falsidade ideológica no inquérito que analisa sua participação na intermediação de empréstimos entre os funcionários do Senado pela empresa Contact.
Além dele, seu filho, Marcelo Araújo Zoghbi, e outros dois sócios da Contact, empresa que intermediava os empréstimos, foram indiciados.
Segundo o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, a denúncia será enviada para o Ministério Público Federal que analisará se acata ou não a acusação. Ele explicou ainda que outras pessoas podem ser indiciadas nesse inquérito, já que o trabalho da polícia ainda não terminou.
Marcelo Araújo Zoghbi, filho do ex-diretor do Senado, era um dos proprietários da Contact. Ele foi indiciado por formação de quadrilha e corrupção passiva.
O ex-diretor do Senado nega irregularidades. Ele disse à revista "Época" que a empresa pertence a seus filhos, mas que está no nome de uma ex-babá porque é proibido a servidores públicos terem companhias que fazem negócios com órgãos públicos .
Outros dois sócios também foram indiciados. Um deles por formação de quadrilha, corrupção passiva e sonegação fiscal. Outro, por corrupção passiva e formação de quadrilha.
No caso das denúncias de formação de quadrilha, as penas variam de um a três anos de prisão. Os crimes de corrupção passiva variam entre dois e 12 anos de prisão.
O diretor da Polícia do Senado disse que a decisão pelo indiciamento foi tomada durante o depoimento do ex-diretor de Recursos Humanos da Casa e que até agora sua mulher, Denise Zoghbi, funcionária aposentada do Senado, ainda não aparece nas denúncias relacionadas à intermediação de empréstimos.