Desde terça-feira, quando começaram os ataques em São Paulo, foram presas 68 pessoas em todo o estado e três suspeitos foram mortos pela polícia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, duas mortes aconteceram em confronto com policias da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Um homem foi morto após disparar contra a fachada de um supermercado Extra, na Penha, zona leste da capital. Outro morreu quando atirava contra uma agência do banco Banespa no município de Itaquaquecetuba, Grande São Paulo. O terceiro foi assassinado durante uma tentativa de roubo contra um policial militar que estava de folga, em Guarulhos, também na Grande São Paulo.

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O comando da Polícia Militar informou que com os suspeitos presos até agora foram encontrados galões de gasolina, celulares e duas armas.

No litoral sul de São Paulo, três pessoas foram presas no início desta manhã, acusadas de incendiar ônibus no município de São Vicente. Dois deles foram identificados como Estevão Marinho e Wilson Antonio de Oliveira. Eles já estavam sendo procurados pela polícia. Com eles, a polícia encontrou gasolina, munição de vários calibres, uma arma de brinquedo e 300 gramas de cocaína. Nesta madrugada, novos ataques foram registrados no litoral, contra supermercados e caixas eletrônicos, que foram metralhados. Até agora, foram registrados pelo menos 60 ataques no litoral e presos 32 suspeitos presos.

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Na capital paulista, a polícia militar está patrulhando os principais corredores de São Paulo. Segundo o prefeito Gilberto Kassab policiais militares estão trabalhando à paisana em 50% da frota de ônibus da cidade. Nos terminais de ônibus, a segurança é feita por viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM). O prefeito disse que não há prazo estabelecido para que os policiais à paisana deixem de fazer o policiamento nos ônibus.

- Enquanto for necessário eles ficarão nos coletivos - disse o prefeito.

Bomba em shopping

A bomba de fabricação caseira que explodiu no shopping Aricanduva atingiu ainda quatro carros. As primeiras informações são de quequatro homens em duas motos jogaram uma bomba contra a vitrine de uma loja.Dentro do artefato, havia pregos e parafusos, que acabaram atingindo carros e uma filial das Casas Pernambucanas. Foi a primeira vez que um shopping foi alvo de ataques.

Criminosos também feriram a tiros um escrivão na zona sul. Ele foi encaminhado ao pronto-socorro e passa bem.

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Lembo pede ajuda

O governador Cláudio Lembo falou pela primeira vez sobre os ataques na noite desta quinta-feira. Ele disse que vai pedir ao ministro Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na reunião desta sexta-feira, uma maior participação da polícia federal para ajudar nas investigações e evitar novos casos de violência. Mas ele alertou para o que chamou de "surtos da violência":

- Vamos ter surtos, é inevitável.

Lembo e o ministro se reúnem nesta sexta-feira em São Paulo. Segundo o ministro, já há uma atuação conjunta e os ataques que estão ocorrendo foram detectados primeiro pelo serviço de inteligência da Polícia Federal da região de Presidente Prudente, onde fica a maioria dos presídios paulistas. Bastos vai oferecer também presença ostensiva das Forças Armadas no estado.

Os ataques ocorreram mesmo depois de o governo anunciar que tropas de elite da Polícia Militar estarão nas ruas para impedir novos atentados. O governo cancelou as folgas e férias de policiais policiais para que eles voltassem ao trabalho. A Rota e a Rocam foram convocadas para operações especiais a partir das 19h. O número de policiais envolvidos não foi divulgado por motivos estratégicos. O governador Cláudio Lembo nomeou mil agentes penitenciários. Durante o dia, o crime organizado deu uma trégua e não foram registrados ataques.

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Mesmo assim os paulistanos enfrentaram outro problema: a falta do transporte público. A capital continuou sem ônibus no início da noite. A maior parte das empresas não colocou os coletivos em circulação como determinou o prefeito Gilberto kassab. O jeito foi se espremer em lotações ou até mesmo ir a pé para casa. Os trens da CPTM circularam um pouco mais lotados, mas o Metrô informou que houve até uma diminuição no fluxo de passageiros na volta para casa por causa da falta de ônibus.

Rodízio de veículos

O rodízio de veículos voltou a vigorar nesta sexta-feira. A quinta-feira foi de transtornos para os cidadãos sem os ônibus. Mais de 5 milhões de passageiros foram prejudicados, principalmente nas zonas sul e leste. Muita gente não conseguiu chegar ao trabalho. A cidade ficou 20 horas sem ônibus, pois a a maioria das viações interrompeu o serviço a partir das 20h da quarta-feira. Desde 18h30m de quarta, 30 ônibus foram incenciados. Chegam a 45 os ataques a ônibus desde a madrugada desta quinta-feira. No estado, foram mais de 65 coletivos depredados. O rodízio de carros foi suspenso, congestionamento dobrou.

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