A Polícia Civil de Manaus ainda está à procura de Ronaldo Costa dos Santos, de 45 anos, principal suspeito ser o mandante ao assalto que terminou com o assassinato do arqueólogo americano James Brant Petersen, 51. Peterson foi morto durante o assalto a um restaurante no quilômetro 21 da Rodovia Manoel Urbano, distante 30 km de Manaus, no noite de sábado. Três assaltantes, inclusive o autor do disparo que matou o pesquisador americano, já foram presos.
Petersen, que era da universidade de Vermont e fazia parte de um grupo de arqueólogos do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), jantava com três professores quando o restaurante foi invadido por dois homens armados. Segundo testemunhas, ninguém reagiu ao assalto, mas durante a fuga um dos bandidos atirou no pesquisador, que morreu a caminho do hospital. Peterson coordenava há dez anos o projeto de salvamento de sítios arqueológicos na região.
Ronaldo Costa dos Santos está foragido desde a noite do crime. Ele é o proprietário do sítio onde os três assaltantes foram detidos. Wilison Cornélio de Oliveira, 18, Janderson Ramos de Oliveira, o Janjão, autor do disparo, e um adolescente de 16 foram presos em flagrante na madrugada de domingo no quilômetro 16 da mesma rodovia por investigadores do 27º Distrito Policial em Iranduba. Levados ao distrito policial de Iranduba, os três foram reconhecidos por testemunhas que estavam no restaurante no momento do assalto e confessaram o crime.
No sítio onde os assaltantes foram presos, a polícia encontrou televisores, aparelhos de DVD e outros aparelhos eletrônicos, o que leva a polícia a acreditar que o local servia de depósito para o produto dos roubos da quadrilha.
O corpo do pesquisador chegou a Manaus na madrugada de domingo. Representantes de familiares aguardam apenas a liberação do atestado de óbito para que o corpo siga para o Rio de Janeiro, de onde embarca na quarta-feira para os Estados Unidos.
O arqueólogo era casado, mas não tinha filhos. Há dez anos era um dos coordenadores do projeto Amazônia Central, que tentava detectar indícios de guerras indígenas antes do Descobrimento, um projeto da USP em parceria com a Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, instituição em que lecionava.
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