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O promotor que acompanha as investigações do assassinato do coronel Ubiratan Guimarães, Luiz Fernando Vaggione, afirmou nesta sexta-feira que a polícia trabalha com um único suspeito. Segundo ele, até o momento não há nenhum indício que não aponte para a namorada do coronel, Carla Cepollina.

O promotor alega que não solicitou a prisão preventiva de Carla porque não há necessidade para isso. Na avaliação dele, a namorada do coronel não atrapalha as investigações.

O delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antônio Desgualdo, diz que na semana que vem o inquérito que investiga a autoria do assassinato do coronel Ubiratan Guimarães será concluído. Segundo Desgualdo, a produção de provas está evoluindo. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deve receber nos próximos dias novos documentos do Instituto de Criminalística.

Desgualdo afirma que a equipe do DHPP já tem toda a cronologia dos fatos que ocorreram na noite do crime e que irá indiciar a pessoa apontada como assassino.

A polícia já sabe que a advogada Carla Cepollina e sua mãe, Liliana Prinzivalli, conversaram três vezes por celular na noite em que o coronel Ubiratan Guimarães foi morto, dia 9 de setembro. As três ligações entre mãe e filha foram feitas entre 19h30m e 20h30m, a hora seguinte à da morte do coronel, que, segundo laudo do IML foi assassinado às 19h30m.

- Na primeira vez, Carla me ligou e perguntou se os parentes, que costumam me visitar sábado e domingo, já tinham ido embora.

Na segunda ligação, 15 minutos depois, Liliana diz ter ligado para a filha.

- Eu disse para ela vir logo para casa - afirmou a advogada.

Na última ligação, que aconteceu meia hora depois, segundo a mãe, Carla já teria saído do apartamento do coronel. Segundo Carla contou à polícia, Ubiratan estava vivo quando ela saiu de sua residência.

- Ela me ligou e disse que estava na rua. Perguntou se eu queria que ela alugasse algum filme - diz a mãe.

No domingo, dia em que Ubiratan foi encontrado morto, Liliana ligou para o delegado-geral da Polícia Civil em São Paulo, Marco Antônio Deslgualdo.

Carla Cepollina foi a última pessoa a ser vista saindo do apartamento do coronel. Em seu depoimento, a advogada afirmou à polícia que deixou o apartamento por volta das 20h15m. Uma das ligações foi feita de dentro do apartamento dele ou de local próximo. Antes, os dois teriam brigado por causa do telefonema de uma mulher, a delegada da Polícia Federal Renata Madi, que ligou para Ubiratan pelo celular por volta das 18h30m.

Peritos que acompanham as investigações acreditam que o crime foi praticado por uma mulher. Ausência de luta corporal e de arrombamento do apartamento, copos com batida de caju e uma toalha envolvendo o corpo nu do oficial indicam, segundo a polícia, que ele estava à vontade no momento em que foi atingido. A polícia também aumenta sua convicção que ele foi morto com uma de suas armas, um revólver calibre 38 que permanece desaparecido.

- Dificilmente um homem entraria ali para matar o coronel tendo de procurar uma arma da própria vítima no apartamento - diz um perito.

Os peritos voltaram ao apartamento do coronel e estão utilizando equipamentos usados pelo FBI com raios ultravioletas, que detecta vestígios de pólvora e cabelos no local. Esses elementos podem ajudar a esclarecer o crime com mais precisão.

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