Agentes da polícia italiana à paisana já ocupavam todo o bairro onde estava a casa de Henrique Pizzolato, em Maranello, e haviam montado uma arapuca. Mas, para forçar que as janelas fossem abertas e terem certeza de que era o brasileiro que estava dentro da casa, os policiais optaram por uma ação drástica: cortar a energia. Isso obrigou a mulher do foragido, Andrea Haas a abrir a janela, o que permitiu que a operação fosse levada a cabo na manhã de anteontem (5).
Nos minutos seguintes, a rua da pacata cidade veria uma ação de cerca de dez policiais para capturar o brasileiro, que chegou a insistir que ele era, na verdade, Celso - seu irmão morto há 36 anos cuja identidade foi usada na fuga de Pizzolato.
"Todos os elementos que encontramos apontam que ele planejou muito bem a fuga e que isso foi algo organizado há muito tempo", disse Stefano Savo, comandante da polícia de Módena. Além de dezenas de documentos, dois computadores foram apreendidos. Sem oferecer resistência, Pizzolato saiu da casa sem ser algemado.
Quem o visitou ontem (6) na prisão de Módena relatou um outro cenário. "Ele está profundamente abatido", disse Lorenzo Bergami advogado do brasileiro.
Na primeira conversa que teve com seu advogado, Pizzolato voltou a insistir que era inocente. Mas Bergami alertou: "Aqui não é mais o momento de falar sobre isso". Sua meta é apenas a de evitar que ele seja extraditado.
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