Relação afetiva
Vereadores com parentes nomeados na prefeitura:
Julieta Reis Luís Sérgio Braga Cortes (irmão)
Mário Celso Cunha Mário Celso Júnior (filho)
Jair Cézar Julio Cesar de Oliveira (filho)
José Roberto Sandoval Francisco Pereira da Silva (cunhado)
Custódio da Silva Círio da Silva (irmão)
Paulo Frote Mônica Frote (filha)
Prazo termina no dia 13
Dos seis vereadores que admitem ter parentes na prefeitura, apenas dois Mário Celso e Custódio da Silva não têm familiares empregados na Câmara, segundo lista entregue ao Ministério Público Estadual (MPE). Os vereadores têm até o dia 13 deste mês para exonerar os parentes contratados na Câmara, de acordo com a solicitação feita pelo MPE. Os 15 parlamentares nessa posição prometeram acatar a sugestão.
Os vereadores que têm parentes em cargos comissionados na prefeitura consideram normal a nomeação dos familiares. Segundo Julieta Reis, o irmão dela, Luís Sérgio, "tem vida própria" no mundo político. "Parente meu tem vida própria. Minha família inteira trabalha na política", disse ela. "Meu irmão, Luís Sérgio, já fazia política muito antes de eu pensar em ser vereadora. Ele foi coordenador de campanha do Alencar Furtado, para se ter uma idéia. Foi candidato a vereador. Ele tem luz própria. Todo mundo na família faz política", reforçou a parlamentar.
O vereador José Roberto Sandoval também disse que seu parente que tem cargo na prefeitura consegiu a vaga pelos próprios méritos. Para Paulo Frote, a atitude não representa nepotismo cruzado. "Tem um pessoal que pensa que ela (Mônica Frote, sua filha) não trabalha. Nepotismo é uma prática que favorece pessoas que não trabalham", disse ele. "Não quis que ela ficasse em gabinete quando ela conseguiu o cargo. Ela trabalha", afirmou Forte.
Custódio da Silva também só considera nepotismo quando o parente atua diretamente com ele. "Vejo isso de forma normal. Nepotismo não pode trabalhar comigo. E o meu irmão já trabalhava lá."
Segundo o irmão de Custódio, Círio, sua função é acompanhar reuniões nas secretarias municipais. "Faço serviços junto às secretarias. Atendo associações de bairros, vereadores e deputados. Em cada secretaria tem uma agenda minha, toda semana."
Mário Celso Cunha, que é o líder do prefeito Beto Richa no Legislativo municipal, explicou que seu filho, que trabalha para a prefeitura, é advogado, trabalhador e começa expediente cedo e fica até tarde. "Não falta um dia. Nepotismo é ter uma pessoa nomeada sem trabalhar. Na mesma família não se pode ter duas pessoas competentes? Não existe lei que proíbe", disse. "É mérito dele, que conseguiu habilitação para esse cargo. E trabalha com vontade", disse o parlamentar, contando que o filho é um dos coordenadores do projeto Bom Negócio e que atua na Curitiba SA.
Jair Cézar também vê com naturalidade a situação. "Meu filho é engenheiro formado e tem de trabalhar em algum lugar. Se lá acharam por bem aproveitá-lo, acho ótimo. Ele é um técnico em computação e ajudou a implantar a informatização em todos os setores da prefeitura. É uma questão de oportunidade como cidadão curitibano", afirmou, lembrando, no entanto, que o ideal seria o filho passar em um concurso. "Ninguém que está em um cargo em comissão gostaria de estar em um cargo assim. Gostaria de estar efetivado, para efeito de aposentaria."
O secretário municipal de Governo, Maurício De Ferrante, afirmou que os filhos de Jair Cézar e Mário Celso são realmente capacitados e prestam serviços especiais e essenciais à prefeitura. "E o fato de serem parentes não os desqualifica."
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