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Tadeu Veneri (à esq.) ao lado da atual vice-prefeita de Curitiba, Miriam Gonçalves | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Tadeu Veneri (à esq.) ao lado da atual vice-prefeita de Curitiba, Miriam Gonçalves| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

A crise política forçou uma reconfiguração do Partido dos Trabalhadores (PT) nas candidaturas municipais deste ano. De sigla disputada nas campanhas anteriores - principalmente por causa da popularidade alcançada e da proximidade com o poder -, o PT passou a uma condição mais restrita. Por enquanto, em três capitais, incluindo Curitiba, os petistas devem lançar “chapa pura”, sem coligação com outros partidos. Mas há a possibilidade de que o número de capitais sem alianças chegue a dez.

Confira o momento das alianças do PT em capitais brasileiras

Em queda

O PT saiu de sete prefeitos de capital antes de 2012 para quatro nas últimas eleições: Marcus Alexandre (Rio Branco), Luciano Cartaxo (João Pessoa), Paulo Garcia (Goiânia) e Fernando Haddad (São Paulo).

Segundo Florisvaldo Souza, secretário de organização do PT, está definido que, além de Curitiba, Florianópolis e Campo Grande devem lançar candidatura petista sem coligação. Em outras capitais a negociação em busca de acordos ainda deve durar até o prazo final para inscrição de candidaturas, na próxima sexta-feira (5). Ele comenta que algumas cidades em que estavam definidas as chapas puras, como Porto Alegre e Manaus, alianças foram firmadas no final de semana. Mas, Souza assegura que o partido não abriu um balcão de negócios e que está sendo criterioso nas escolhas. O secretário aponta que, mesmo mergulhado em uma crise, o PT vai lançar mais candidaturas próprias em capitais neste ano do que em 2012. Agora são 20 cabeças de chapa, contra 17 há quatro anos. Nas outras seis capitais, o partido apoiará candidatos a prefeito de outras siglas, como PCdoB, PDT e PTB.

Quem decidiu se manter no partido, apesar de todo o desgaste enfrentado, tem tentado encarar os pontos positivos da nova fase. É que no auge do poder, o PT acabou se coligando com siglas que não tinham a mínima relação ideológica. Ou seja, o momento seria de depuração e volta às origens. Uma amostra desse discurso foi dada por Tadeu Veneri, deputado estadual e candidato a prefeito pelo PT, durante o encontro petista que lançou a candidatura dele no final de semana. Ele declarou que “o PT tratado a Danoninho tinha ido embora”, numa referência a quem se acostumou com a fartura e o poder. Para Veneri, o momento é propício para que o partido se livre de aproximações de conveniência e tenha alianças programáticas, calcadas em projetos de governo.

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