Na tentativa de destravar no Congresso Nacional medidas do ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff pedirá a senadores e deputados que acelerem a tramitação de iniciativas de interesse do governo federal.
Com a pauta legislativa emperrada desde o ano passado, a petista decidiu fazer um esforço pessoal e se reunirá no início da semana que vem, no Palácio do Planalto, com os líderes da base aliada.
Nos encontros, segundo auxiliares e aliados, ela pretende fazer um apelo pela aprovação no primeiro semestre de medidas como a prorrogação da DRU (Desvinculação de Receitas da União) e o retorno da CPMF, que encontra resistências até mesmo em partidos que apoiam o governo federal.
Ela também quer fazer uma defesa enfática da reforma previdenciária, que deve ser enviada até junho ao Congresso Nacional e não tem respaldo nem mesmo no PT, partido da presidente. Pela mudança, ela escalou ministros e assessores para negociar com parlamentares petistas e com centrais sindicais.
Em discurso na primeira reunião do Conselhão, no final do mês passado, a presidente fez questão de ressaltar que tanto a prorrogação da DRU como a recriação da CPMF são medidas essenciais para conquistar “a estabilidade e o equilíbrio fiscal de médio e longo prazos”.
A reunião com os líderes do Senado será promovida na segunda-feira (15) e, na terça-feira (16), será a vez da base aliada na Câmara dos Deputados.
Na semana passada, a pedido da presidente, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reuniu-se com deputados federais para explicar as medidas que serão enviadas ao Congresso Nacional pelo Palácio do Planalto no primeiro semestre.
No encontro, o ministro disse que até o final de março encaminhará projeto de lei com alteração na base de cálculo do PIS/Cofins. Ele ressaltou, no entanto, que o texto final ainda não foi fechado pela equipe econômica.
Na segunda-feira (22), a presidente também convocou sua equipe ministerial para a primeira reunião de coordenação política do ano. O objetivo do encontro é discutir e definir as prioridades do governo federal para o primeiro semestre.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares