Os advogados do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) proibiram que ele respondesse às perguntas realizadas pela Polícia Federal no depoimento desta segunda-feira (29). Nélio Machado justificou o gesto afirmando que só permitiria as declarações de Arruda depois de tomar conhecimento da íntegra das evidências reunidas no inquérito do mensalão do DEM de Brasília, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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O Ministério Público sabe tudo. O delegado provavelmente também. E eu só vou permitir que o [ex-]governador se manifeste de forma plena na medida que eu tenha acesso irrestrito à apuração feita até agora. Está faltando tudo. Não tivemos acesso aos vídeos, às perícias" "O Ministério Público sabe tudo. O delegado provavelmente também. E eu só vou permitir que o [ex-]governador se manifeste de forma plena na medida que eu tenha acesso irrestrito à apuração feita até agora. Está faltando tudo. Não tivemos acesso aos vídeos, às perícias", afirmou Nélio.

Arruda sempre reclamou de nunca ter sido ouvido desde que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou sua prisão, no dia 11 de fevereiro, além de afirmar não ter tido acesso à íntegra do inquérito que apura o suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, que tramita na Corte.

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Ainda segundo Nélio, Arruda "manifestou vontade" de prestar depoimento e chegou a responder "algumas questões". "O governador fez questão de dizer que ele queria falar. No entanto, eu reiterei a posição de que não abro mão da legalidade. Protocolei petição no STJ no qual apresento as razões pelas quais seria impossível ele depor. Duas denúncias foram apresentadas sem que ele fosse ouvido.

Uma hora antes depoimento, Nélio Machado protocolou petição no STJ na qual reitera o pedido de revogação da prisão de Arruda e comunica a decisão de não deixar o ex-governador prestar depoimento enquanto a defesa não obter cópia dos autos. O advogado lembra a proximidade do feriado de Páscoa para tentar sensibilizar o presidente do inquérito no STJ, ministro Fernando Gonçalves, a libertar Arruda.

O ex-governador está preso acusado de tentar subornar uma testemunha do suposto esquema de corrupção.