O senador José Serra (PSDB-SP) foi o porta-voz da preocupação da equipe do vice-presidente Michel Temer junto aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na disputa jurídica que a União trava com os governadores no recálculo da dívida dos Estados.
Depois de se reunir com Temer e alertar o vice sobre o imbróglio, que pode trazer perdas para a União de R$ 402 bilhões, Serra procurou ao menos um ministro do Supremo para mostrar os perigos para a economia brasileira caso a corte acate o pedido de Santa Catarina – o primeiro dos governos estaduais a entrar na Justiça – de substituir a fórmula de recálculo da dívida do regime de juros compostos por juros simples.
Um dos homens da linha de frente de Michel Temer na articulação para compor um eventual governo, o ex-ministro Moreira Franco confirmou a informação. “Não é uma questão do governo, é uma questão da União. Não interessa ao País que os Estados quebrem, mas tampouco interessa que a União fique inviabilizada”, afirmou Moreira, que já foi governador do Rio e chefiou as pastas de Assuntos Estratégicos e Aviação Civil no governo Dilma Rousseff.
“Para que nós possamos restabelecer, dentro de uma visão federativa, as condições de governo dos Estados e dos municípios, precisamos que a União sobreviva. Por isso, o senador Serra foi levar a alguns dos ministros a preocupação”, completou.
Serra é um dos cotados para assumir um ministério no eventual governo Temer, caso o Senado aprove o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Neste momento, o mais provável é que ele fique com Educação, mas seu nome também foi cogitado para a Fazenda.
Meta fiscal
No domingo à noite, Serra jantou com Temer no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. No encontro, alertou o vice que uma das primeiras questões que terá de enfrentar no Congresso, se assumir a Presidência, é aprovar a proposta de revisão da meta fiscal de 2016 até o final de maio, sob pena de paralisar a máquina pública federal.
Reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrou que Temer terá menos de 20 dias para fazer a mudança e terá de contar com a ajuda do presidente do Congresso e desafeto histórico dentro do PMDB, o senador Renan Calheiros (AL), para garantir a alteração.
Serra tem defendido a votação da proposta o quanto antes pelos parlamentares, por considerar o assunto relevante no curto prazo.
Liberais que apoiaram Lula em 2022 manifestam desilusão e abandonam barco do PT
Conanda faz nova resolução para liberar aborto até 9 meses em meninas sem aval dos pais
Acidente entre três veículos deixa 38 mortos em Minas Gerais
Novela do orçamento mostra como Musk busca aumentar influência na administração pública dos EUA
Deixe sua opinião