O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, afirmou ao G1 nesta terça-feira (19) enxergar a "possibilidade" de deixar o órgão. Pagot disse, no entanto, estar "aguardando instruções do Planalto".

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"Estou aguardando instruções do Planalto. A possibilidade que mais me parece é de ser afastado, mas até agora ninguém falou comigo", disse Pagot que, pela primeira vez, admitiu que pode deixar a função.

Na semana passada, após depoimento no Congresso, Pagot afirmou que estava de férias e que pretendia continuar no cargo. "Pretendo continuar no Dnit porque comecei a produzir uma reestruturação no Dnit", disse Pagot na ocasião.

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O afastamento de Pagot foi informado por meio de nota divulgada pelo então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em um sábado, no dia 2 de julho, após a publicação de reportagem da revista "Veja" sobre suposto esquema de superfaturamento em obras do departamento. Na segunda-feira seguinte, 4 de julho, Pagot entrou oficialmente de férias, conforme o governo.

O Palácio do Planalto chegou a informar que, quando Pagot retornasse das férias, deixaria o cargo em definitivo. Nesta segunda (18), a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou, em Florianópolis, que "tudo indica" que Pagot não continuará no comando do Dnit.

Perguntado se faria novas revelações caso seja confirmada sua saída do Dnit, Pagot afirmou já ter falado tudo que sabe durante os depoimentos que prestou no Senado e na Câmara na semana passada. O diretor afastado negou ainda que esteja ameaçando o Planalto.

"As revelações foram feitas durante as 11 horas de depoimento que prestei na Câmara e no Senado. O Planalto não está sob ameaça de jeito nenhum. Não sei de onde saíram essas interpretações. Nas poucas conversas que tive, jamais aconteceu algo desse tipo", afirmou Pagot.

Pagot está em Brasília nesta terça e passou boa parte da manhã debruçado com os advogados sobre reportagens publicadas pela imprensa. Sem citar nomes, ele prometeu processar "aqueles" que atacaram sua honra.

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"Tenho que ser extremamente paciente. Estou nesse momento com uma banca de jornais na minha frente, analisando todas as reportagens que foram publicadas junto com meus advogados. Foram ataques vis contra minha família e contra minha pessoa. E é nessa linha que estou agindo. Certamente entrarei com processo principalmente contra aqueles que atacaram minha honra", avisou Pagot.