Curitiba Os deputados da bancada paranaense do PP reagiram de maneiras diferentes à apresentação do cheque que teria sido pago pelo empresário Sebastião Buani ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), à época em que Severino era primeiro-secretário da casa. No entendimento do deputado Nelson Meurer, a situação de Severino é "irreversível". "Ele não tem mais condições de presidir a Casa", afirmou.
O deputado disse que Severino tinha tranqüilizado a bancada em reuniões anteriores, dando a garantia de que não houve pagamento de propina para permitir a renovação do contrato de prestação de serviço do restaurante de Buani à Câmara. "Agora não podemos mais fazer nada", salientou.
Já o líder do PP na Câmara, deputado José Janene, afirmou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que iria se manifestar sobre as acusações contra Severino depois de conversar novamente com o presidente da Câmara. Uma nova reunião entre Severino, Janene e demais lideranças estava programa para o fim da noite de ontem. No entendimento do parlamentar paranaense, porém, a defesa de Severino estava "bem embasada juridicamente".
O deputado Ricardo Barros, um dos principais críticos da ala governista do PP, preferiu não comentar as acusações. "Não sei qual será o desfecho. No momento só estou observando. Só acho que se for aberto um pedido de cassação contra ele no Conselho de Ética, ele tem que pedir licença da presidência."
A reportagem da Gazeta do Povo não conseguiu entrar em contato com o presidente do Partido Progressista no Paraná, deputado Dilceu Sperafico.
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