O PPS anunciou nesta quinta-feira (28) que irá ingressar com representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos. O PPS afirmou que vai sugerir a renúncia coletiva dos membros da comissão, o que permitiria novo processo de escolha do presidente do colegiado. O partido também vai alegar que Feliciano quebrou o decoro parlamentar, pois teria usado irregularmente verbas de sua cota parlamentar.

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Nesta quinta-feira, O GLOBO mostrou que a Câmara paga o advogado que defende Feliciano no inquérito por homofobia.

"Para acabar de vez com a situação vexatória que vive a Câmara dos Deputados desde a eleição do pastor Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Diretos Humanos, o PPS decidiu nesta quinta-feira que não vai mais aguardar acordos políticos para resolver o impasse. Na terça-feira, ingressa na Comissão de Ética da Casa com representação contra o deputado", afirmou o partido em nota divulgada nesta quinta-feira.

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O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que é suplente na comissão e assina a representação, avalia que não há mais espaço para um acordo político devido à intransigência de Feliciano. Segundo Jordy, a renúncia de metade mais um dos membros da comissão forçaria uma nova composição do colegiado e uma nova eleição para a escolha do presidente.

"Nós temos instrumentos para resolver o imbróglio. A situação é insustentável, a ponto do pastor mandar prender quem exerce o direito da livre manifestação. Passou do limite do admissível. Vamos ao Conselho de Ética e também pediremos renúncia coletiva dos membros da comissão", afirmou Jordy.

O partido afirma que Feliciano é acusado de pagar, com dinheiro público, escritórios de advocacia que o defendem. O advogado que protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa de Feliciano em inquérito por homofobia tem emprego e salário pago pela Câmara, de acordo com o PPS