A briga de poder entre o PDT e o PR pela quarta secretaria da Mesa Diretora do Senado acabou. Para evitar uma disputa inédita da cadeira de quarto secretário pelo voto em plenário, os dois partidos chegaram a um entendimento. O PR do senador César Borges (BA), que tinha o apoio do grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do líder peemedebista Renan Calheiros (AL), para ocupar o cargo, abriu mão para o PDT. Na sessão das 15h desta quarta-feira (4), o plenário vai aprovar o nome da senadora Patrícia Saboia (CE) para a quarta secretaria, fechando assim o último cargo de titular ainda pendente de definição.

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"Achavam que nós íamos tocar fogo em Roma. Mas o estado de espírito é de paz", disse o líder Renan Calheiros. Segundo ele, tanto o PMDB como o DEM, seu principal aliado na eleição de Sarney, estão dispostos a fazer o papel de moderador para evitar que os conflitos sejam decididos no voto. "O entendimento é sempre a melhor saída", completou.

Ontem, o plenário elegeu, por acordo, o primeiro e o segundo vice-presidentes e os outros três secretários da Mesa. Para facilitar o entendimento, também havia ficado pendente ao assunto de duas suplências. Uma delas deverá ficar com César Borges.

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O líder do PDT, Osmar Dias (PR), que ontem discutiu com o vice-líder do PR, senador Expedito Júnior (RO), por conta da disputa, já foi informado pelo próprio colega que César Borges estava disposto a abrir mão do posto para evitar a briga em plenário. As presidências das comissões técnicas, que também estão gerando disputa, só deverão ser definidas na semana que vem.

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