Londrina
Vereadores investigarão Barbosa Neto
Londrina - A pauta dos vereadores de Londrina, que retornam às sessões parlamentares na tarde de hoje, será dominada pela discussão sobre a abertura de duas comissões processantes contra o prefeito Barbosa Neto (PDT). Para tentar barrar os procedimentos, que podem levar à sua cassação, o prefeito recorreu a Justiça para conseguir aumentar o número de votos necessários para a aprovação dos relatórios finais. Assim, para o procedimento continuar será necessária a adesão de 13 vereadores três a mais do que o regimento previa. Além disso, o prefeito enfrenta duas Comissões Especiais de Inquérito, que também podem levá-lo a perder o cargo.
As denúncias contra o prefeito são: irregularidades no treinamento da Guarda Municipal, no qual a empresa responsável recebeu, mas não treinou os guardas; os contratos entre a prefeitura e os Institutos Atlântico e Gálatas alvos de investigação do Gaeco e que terminou com a prisão de 21 pessoas; e uso indevido de funcionários terceirizados.
Daniel Costa
Cascavel - Um grupo de 12 eleitores anunciou que vai protocolar hoje na Câmara Municipal de Cascavel um documento solicitando a abertura de um processo de cassação do prefeito Edgar Bueno (PDT). A decisão foi motivada pelas denúncias de superfaturamento na aquisição de uniforme escolar para estudantes da rede municipal de ensino. O caso é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
O advogado Pascoal Muzeli Neto é o autor da ação, que pede ainda o afastamento temporário do presidente da Câmara Municipal, Marcos Sotille Damasceno, por ser sobrinho do prefeito. Segundo o advogado, se a denúncia for aceita e os vereadores criarem uma comissão para analisar o impeachment, o presidente deverá se declarar suspeito para conduzir os trabalhos pelo grau de parentesco com o prefeito.
As denúncias de superfaturamento foram apresentadas há quase dois meses pelo vereador Julio César Leme da Silva (PMDB). Uma das suspeitas é de que a licitação foi direcionada para favorecer a empresa Giro Indústria e Comércio Ltda, que tem sede em Curitiba e foi a vencedora. Há indícios de que houve um acerto entre as empresas que participaram da concorrência, já que alguns itens do kit que compõe o uniforme foram entregues pela empresa Nilcatex Têxtil Ltda, desclassificada no processo de licitação.
Segundo o advogado, documentos comprovam que em alguns itens o superfaturamento chega perto de 280%. É o caso dos tênis um dos componentes do kit que foram comprados por R$ 47. Em Arapoti, a mesma compra custou R$ 13. Em Bragança Paulista (SP), a mesma empresa que vendeu os tênis para Cascavel cobrou R$ 28,76.
No mês passado, Bueno suspendeu o pagamento até que uma comissão nomeada por ele investigue e dê um parecer sobre as denúncias. Ontem, o prefeito não quis falar sobre o processo de impeachment, alegando que ainda não há nada de oficial.