Menos de uma semana depois de ter assumido como prefeito de Palmas, no Sudoeste do estado, Hilário Andraschko (PDT) e o vice Luis Fernando Reis Camargo (PSDB) foram cassados pela Justiça Eleitoral da cidade na última sexta (6). Eles são acusados de abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições do ano passado. O ex-prefeito da cidade, João de Oliveira (PMDB), também foi cassado por compra de votos.

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A juíza eleitoral de Palmas julgou procedente, essa semana, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral de outubro do ano passado. A ação diz que Andraschko e o vice ofereciam "chapas de compensado" para eleitores em troca de votos. Rodrigo Keppen, então diretor do departamento de agricultura do município durante a última gestão de Andrascko, seria o responsável por fazer as entregas, segundo o documento. O processo foi ajuizado pela Coligação Renovação e Compromisso, do ex-prefeito Oliveira.

A decisão será publicada no Diário da Justiça eletrônico nesta quarta-feira (11). Só depois disso o atual prefeito será intimado, segundo o cartório eleitoral da cidade. Ele não foi afastado do cargo e ainda pode entrar com recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR).

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Novela

O caso da prefeitura de Palmas é uma novela. Em um mês, Oliveira foi cassado e afastado do cargo. O presidente da Câmara de Vereadores, Wilmo Correia da Silva (PMDB), se autodeclarou prefeito. No entanto, segundo a legislação eleitoral, quem deveria assumir era o segundo colocado nas eleições do ano passado – Andraschko. A situação só se resolveu depois de um acordo firmado junto ao Ministério Público da cidade, que ordenou a diplomação de Andraschko. Ele foi diplomado na última segunda-feira (2).

A juíza eleitoral, Camila Schreiber Polli, foi procurada pela reportagem. Funcionários informaram que ela estava despachando no escritório e não poderia atender. O Cartório Eleitoral de Palmas também foi procurado, mas os funcionários de lá disseram que só iriam se pronunciar sobre o caso depois de conversar com a juíza sobre o que poderia ser informado – apesar de a decisão ter sido tomada na sexta e já estar disponível para consulta na internet.

Passado

Nas eleições de 2008, Hilário Andraschko foi o candidato mais votado, mas só pode assumir o cargo em agosto do ano seguinte por ter o registro de candidatura impugnado pelo TRE-PR. O TRE concordou com o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que considerou que o candidato teria cometido irregularidade insanável ao dispensar licitação em convênio firmado pela prefeitura com o governo do estado. Ele foi "perdoado" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela "falta de experiência administrativa".

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