O município já havia depositado R$ 270 mil aos herdeiros, entre eles, a própria Dilma. Mas informou que pedirá a suspensão do processo e irá requerer de volta o valor depositado em juízo.| Foto: /

A prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, desistiu de adquirir a casa na cidade onde moraram os avós da presidente Dilma Rousseff. Em nota, o município atribuiu a mudança de planos à crise financeira.

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O município já havia depositado R$ 270 mil aos herdeiros, entre eles, a própria Dilma. Mas informou que pedirá a suspensão do processo e irá requerer de volta o valor depositado em juízo. Protestos chegaram a ser realizados na cidade, inclusive na frente da casa, contra o negócio.

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Inicialmente a ideia seria transformar o imóvel, que está abandonado, em um “Memorial dos Presidentes”. Depois, com a crise política, a intenção passou a ser uma escola de arte e cultura no local. Agora o objetivo é devolver a residência e a família pode fazer o que achar melhor.

A administração municipal de Uberaba tem à frente o prefeito Paulo Piau (PMDB), aliado de Dilma e coordenador regional dela na campanha presidencial pela reeleição no ano passado.

A família de Dilma habitou a casa até 1951 e, além dela, existem mais 20 herdeiros. O imóvel tem três quartos, sala de jantar, copa, cozinha, banheiro e área de serviço. Porém, está abandonado há anos, sendo o valor de aquisição calculado por um engenheiro da prefeitura.

Dilma nunca morou na residência, apenas sua mãe, mas chegou a frequentar o local quando criança. Este foi o principal argumento para que o imóvel fosse declarado patrimônio histórico em 2013.

Depois disso, no ano passado, a prefeitura iniciou o processo de desapropriação até receber o ato de emissão de posse, vindo em 2015 a efetuar o depósito do dinheiro.

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Argumento

Para justificar a desistência do negócio, a prefeitura divulgou nota afirmando “que este não é momento para dar andamento a essa iniciativa”.

O texto diz ainda que “todos os municípios brasileiros enfrentam um momento desafiador e estão buscando cortar gastos” e que “em alguns casos isso significa parar projetos em andamento para dar prioridade a outros”.