Quase cinco meses após o fim do tratamento contra o câncer na laringe, a participação do ex-presidente Lula nas campanhas petistas fora de São Paulo ainda depende do aval da equipe médica."Aqui em São Paulo certamente ele vai participar da campanha. Quanto a viajar, isso vai depender dos médicos. Ele tem viajado muito pouco", afirmou o ex-ministro Luiz Dulci, que é um dos diretores do Instituto Lula.
Segundo Dulci, o ex-presidente ainda sente os efeitos colaterais do tratamento, que terminou no dia 17 de fevereiro. "Ele tem uma garganta muito irritada. Não faz sentindo ir a um lugar e não poder falar", afirmou o ex-ministro petista, que participou nesta terça-feira (10) do congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que ocorre em São Paulo.
Na capital paulista, Lula é o principal avalista da candidatura do petista Fernando Haddad. Na semana passada, o ex-presidente disse que participará das campanhas de cidades no entorno de São Paulo, como Santo André, Diadema, Mauá e São Bernardo do Campo, onde mora.
Dulci afirmou que o ex-presidente já pediu ao PT para preparar uma estrutura para gravar depoimentos a candidatos de cidades para onde não irá viajar."Ele não quer gerar uma expectativa e depois não participar."
Eleitor de Belo Horizonte, Dulci também minimizou as divergências entre PT e PSB causadas pelas eleições deste ano.Na capital mineira, o PT rompeu a aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, e lançou na disputa o ex-ministro Patrus Ananias.
"Nós nos empenhamos para viabilizar a aliança. Na medida que o PSB não cumpriu o acordo nacional, o partido decidiu pela candidatura", disse o ex-ministro.
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