Atualizado em 23/03/2006, às 15h56
O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, informou à Polícia Federal (PF) que não irá depor nesta tarde. Ele havia sido convidado a comparecer. A assessoria da PF informou que o advogado de Mattoso levará o nome dos dois funcionários envolvidos na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. O delegado adiantou que os funcionários da Caixa devem ser intimados ainda hoje (23) a depor.
Por meio de nota, a Caixa afirmou que foi identificada a máquina utilizada para o acesso à conta e impressão do extrato, e que a apuração dos fatos está sendo feita com a maior agilidade possível, "observados os princípios constitucionais de ampla defesa e do contraditório, para que se chegue a elucidação dos fatos, aplicando-se as penalidades cabíveis".
Segundo o advogado de Francenildo, Wlicio Chaveiro do Nascimento, o extrato da conta de seu cliente foi retirado à noite, quando ele estava na sede da Polícia Federal, na última quinta-feira (16), inscrevendo-se no programa de proteção a testemunhas. Nascimento disse que, na ocasião, o caseiro entregou o cartão bancário à PF, embora não tenha informado a senha e o código de letras necessário para acesso à conta.
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, na semana passada, Francenildo confirmou o que havia dito em reportagem: que viu o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, "dez ou 20 vezes" na casa alugada em Brasília por Vladimir Poleto. Poleto foi um dos assessores de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP). O depoimento foi suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Na matéria, o caseiro disse que presenciou partilha de dinheiro por Poleto e outros ex-assessores de Palocci.
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