A Polícia Federal (PF) confirmou neste sábado que o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, prestará depoimento na tarde desta segunda-feira sobre o caso que apura a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. No mesmo dia, a PF fará perícia no computador portátil de onde foi tirado um extrato da conta bancária do caseiro.
A polícia já pediu à Caixa o livro de registro de entrada e saída de pessoas da sede do banco e o registro do circuito interno de TV com informações relativas a 16 de março, dia em que o sigilo do caseiro foi quebrado. O sistema operacional da Caixa será periciado.
O caso de violação de sigilo também deve ser tratado na reunião de segunda-feira da coordenação política no Palácio do Planalto.
Extratos de uma conta do caseiro na Caixa, divulgados ilegalmente, mostram que Francenildo, que ganha R$ 600 por mês, tinha cerca de R$ 20 mil creditados no dia 16 de março. A PF investiga tanto a quebra ilegal do sigilo quanto a origem do dinheiro.
Francenildo ficou conhecido nacionalmente depois que contradisse o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em depoimento na CPI dos Bingos. Ele afirmou ter visto o ministro na casa em que trabalhou, no Lago Sul em Brasília, e que estava alugada por ex-assessores de Palocci durante sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto. A CPI investiga negócios que teriam sido fechados na residência.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura