São Paulo (Folhapress) O presidente nacional do PT, Tarso Genro, disse ontem que o atual quadro político coloca em xeque a eventual reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mantendo o discurso autocrítico postura vista com ressalvas por parte da direção petista , afirmou que, hoje, não saberia dar argumentos para que um eleitor vote no partido nas eleições de 2006.
Apesar de listar os erros do PT, entre os quais um dos principais, para Tarso, foi interromper internamente o debate da política econômica, ele fez uma defesa incondicional do presidente Lula, isentando-o de qualquer envolvimento nas denúncias que recaem sobre os partidos da base aliada.
Por quase duas horas, o presidente do PT respondeu a perguntas de jornalistas da Folha de S. Paulo e de parte da platéia que assistiu à sabatina.
Foi após uma pergunta da platéia, feita por uma jovem de 17 anos, que Tarso afirmou: "Neste momento, não saberia dar argumento (para que um eleitor vote no PT)". Para o dirigente, é preciso reformular o partido, dar cara a um novo projeto da legenda que a requalifique "enquanto representação de ética pública" e mostrar aos eleitores que os "erros graves cometidos não vão se repetir".
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”