O presidente do PRTB, Levy Fidelix, negou nesta quarta-feira (2) que seu partido estivesse à venda em Goiás. Gravações da Polícia Federal (PF) mostram que o contraventor Carlinhos Cachoeira - em conversa com o sargento aposentado da Aeronáutica, Idalberto Matias Araújo, o Dadá - tinha interesse em ter o controle de uma agremiação política no estado. O nome de Fidelix foi citado várias vezes.
"Não conheço Dadá, Dedé, Mussum, nem Zacarias, e Cachoeira só conheço a de Itaipu. Também conversei com nosso presidente local, Santana Bispo. Ele nunca foi contatado", disse Fidelix.
Questionado diretamente se seu partido estava à venda, ele respondeu: "Meu filho, eu sou fundador e presidente nacional do partido. O PRTB é um filho meu. E eu não vendo meu filho. Você venderia o filho seu? É um filho, é meu sangue, é minha cara, é minha vida."
Apesar de o PRTB ser um partido nanico e Fidelix ter poucas chances de se eleger prefeito de São Paulo este ano, o presidente da legenda afirmou que o vazamento tem por objetivo prejudicá-lo na eleição.
"Estão nacionalizando a eleição de São Paulo, da qual eu sou um pré-candidato. Sabem que eu sou um candidato combativo e vou dar muita dor de cabeça aos grandes candidatos."
Ele também informou que vai requerer explicações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a respeito do vazamento das gravações da PF. A corporação é ligada à pasta comandada por Cardozo.
"Já requeri uma audiência com o nosso ministro José Eduardo Cardozo para que eu possa com ele ter uma conversa política, porque isso não é caso policial, é política, e saber dele por que a própria Polícia Federal vazou uma citação. Então imagine se tem uma citação com Lula, com a Dilma, também vão ter que vazar e dizer que eles tiveram contato com Cachoeira? Foi uma citação. Eu lamento muito, mas eu acho que desse limão vão fazer uma limonada."