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O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), discursou nesta terça-feira (1º) no plenário do Senado fazendo duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, devido ao lançamento nesta segunda-feira (31) do marco regulatório do pré-sal. O senador questionou a urgência constitucional dos projetos sobre o tema e a necessidade de mudança no modelo de exploração do petróleo.

Guerra iniciou seu discurso enfatizando que o governo demorou 22 meses para fechar o marco regulatório e quer agora que o Congresso decida em regime de urgência, em 90 dias. Ele afirmou que o lançamento do marco se transformou em um evento eleitoral.

"O presidente Lula substitui a ação de governar pela campanha eleitoral. Ontem [segunda-feira] montaram até um palanque em Brasília, que nem deu muito certo: pouco público, palmas mornas e protocolares para a candidata do PT, que, para variar, disse coisas incompreensíveis e numa retórica de iniciante na política. Lula vendeu ilusões, passadas e futuras", disse o presidente tucano.

O senador afirmou que a expansão da Petrobras é resultado da lei do Petróleo, de 1997, que definiu o modelo atual, de concessão de áreas. Ele rebateu ainda a afirmação de Lula de que a Petrobras não recebeu atenção no governo Fernando Henrique Cardoso.

"O presidente engana de novo quando diz que a vida da Petrobras foi ameaçada no governo passado. Isso nunca aconteceu", disse.

Guerra destacou que os prazos para a viabilização da exploração do pré-sal, que ele estima em 16 anos, tiram ainda mais a necessidade da urgência para os projetos.

O presidente tucano concluiu pedindo aos colegas reflexão sobre o tema. "Não podemos transformar nosso futuro, o futuro dos nossos filhos, netos, bisnetos, em vítimas de um presente irresponsável, míope, leviano, oportunista, a pretexto de esticar a presença no poder de um partido cansado, de uma aliança forçada, sem ideias próprias sobre o Brasil e os brasileiros, a não ser a de curtir as benesses das nomeações, aparelhamento e das comissões."

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