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Segundo o STF, os gastos com as diárias do ministro e da comitiva foram arcados pela Ajufe, sem ônus aos cofres públicos. | Adenésio Zanella/Adenésio Zanella
Segundo o STF, os gastos com as diárias do ministro e da comitiva foram arcados pela Ajufe, sem ônus aos cofres públicos.| Foto: Adenésio Zanella/Adenésio Zanella

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, esticou em um dia sua estadia em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná, durante o feriado de finados. O magistrado esteve na cidade para participar de três eventos: um encontro dos representantes do Conselhos Nacionais de Justiça do Mercosul, da instalação do projeto Audiência de Custódia na Justiça Federal, e de um encontro nacional da Associação dos Juízes Federais (Ajufe).

Conforme apurou a reportagem, o ministro desembarcou em Foz na noite de quinta-feira, dia 29 de outubro, e encerrou sua participação em eventos oficiais na cidade ainda na noite de sexta-feira (30). Ele, porém, só deixou o hotel em que estava hospedado e seguiu para São Paulo, onde reside, na manhã de domingo, dia 1º de novembro.

O ministro viajou acompanhado de sua esposa, Yara de Abreu Lewandowski, e de mais três assessores (de segurança, comunicação e cerimonial), em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e se hospedou no hotel de luxo Mabu Thermas Grand Resort, que fica no corredor turístico da cidade. As informações foram confirmadas pelo hotel e pelo aeroporto de Foz do Iguaçu.

O avião da FAB teria, ainda, retornado para Brasília depois de deixar o ministro e a comitiva em Foz, ainda na noite de quinta-feira (29), e voltou para buscá-los no dia 31, quando pernoitou na cidade, e decolou apenas na manhã do dia 1º.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do STF informou, primeiramente, que o ministro e sua comitiva teriam permanecido em Foz do Iguaçu apenas até a manhã de sábado (31). Porém, quando questionada novamente diante das informações apuradas, o órgão confirmou que o ministro Lewandowski permaneceu na cidade até a manhã de domingo (1º).

A assessoria informou que, no sábado (31), o presidente participou de uma visita institucional à Usina Hidrelétrica de Itaipu. Apenas um dos assessores – de segurança – teria permanecido com o ministro durante a visita, já que os demais funcionários teriam retornado em voo comercial na manhã do dia 31. Todos, segundo a assessoria, receberam apenas uma diária pela viagem, seguindo uma resolução do STF.

Ainda conforme a assessoria, os gastos com as diárias do ministro e da comitiva foram arcados pela Ajufe, sem ônus aos cofres públicos. O órgão confirmou que a esposa acompanhou o ministro em agenda oficial em Foz do Iguaçu, mas destacou que não houve custos adicionais com a sua estadia. A assessoria alegou ainda que as informações sobre o voo da FAB são de caráter sigiloso.

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