São Paulo e Manaus - O presidente do Tribunal do Justiça do Amapá, desembargador Dôglas Evangelista Ramos, 67, assumiu ontem o governo do estado após a prisão do atual governador. Na manhã de ontem, o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), foi preso na operação Mãos Limpas, realizada pela Polícia Federal, que cumpriu 18 mandados de prisão por suspeita de desvios de repasses da União. Entre os suspeitos presos estão empresários, políticos e servidores do governo estadual.
O atual governador era vice de Waldez Góes (PDT), que deixou o governo em abril para concorrer ao Senado. O ex-governador também é um dos presos na operação realizada ontem. Com a prisão de Pedro Paulo, na linha de sucessão estava o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Jorge Amanajás (PSDB), mas como ele concorre ao governo do estado, se tornaria inelegível se assumisse o cargo. Amanajás foi uma das 87 pessoas que tinham mandados de condução coercitiva e foram ouvidos pela Polícia Federal sobre o desvio de recursos.
Natural de Barreiras (BA), o desembargador Ramos, que assume o governo, destaca em seu currículo que é um homem de origem humilde, foi sapateiro de profissão e se formou em direito pela Universidade de Brasília (UnB). Fez carreira no Judiciário de Rondônia e Amapá. Desde a saída de Góes, o desembargador vinha assumindo a função de vice-governador na ausência de Pedro Paulo Dias.
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