Um dos presos na 16ª fase da Operação Lava Jato fez exame de corpo de delito em Curitiba nesta quarta-feira (29). Flavio Barra, presidente global da AG Energia, braço da empreiteira Andrade Gutierrez, chegou ao Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quarta.
Já Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, fez o exame na terça-feira (28) na própria sede da Polícia Federal em Curitiba. Como ele é da Marinha, o exame foi feito por um médico do Exército que se dirigiu até a PF. Depois disso, Othon foi transferido para uma unidade do Exército em Curitiba, onde está preso.
A expectativa da PF é que os dois sejam ouvidos ainda nesta quarta-feira. A prisão deles tem duração de cinco dias.
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Foram presos nesta terça-feira (28) Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, e Flavio Barra, presidente global da AG Energia, braço da Andrade Gutierrez.
+ VÍDEOSSobre a operação
A Polícia Federal (PF) deflagrou na terça-feira (28) a 16.ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “radioatividade”. Entre os alvos da força-tarefa, foram presos Othon Luiz Pinheiro da Silva e Flavio Barra.
Othon da Silva havia pedido afastamento do cargo em abril, após virem à tona notícias de que teria recebido propina nas obras da usina de Angra 3. A Eletronuclear é uma subsidiária da Eletrobras responsável pelas usinas nucleares do país.
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Objetivo é coletar assinaturas para projetos contra a corrupção.
+ VÍDEOSOthon é suspeito de ter recebido R$ 4,5 milhões em propina entre 2009 e 2014 das empresas Andrade Gutierrez e Engevix para favorecê-las nas licitações das obras de construção de Angra 3.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, os pagamentos foram realizados por meio de empresas intermediárias, a maioria de fachada, para a empresa Aratec Engenharia, que pertence a Othon.
Um dos pagamentos, de R$ 252 mil, ocorreu em dezembro de 2014 – mês seguinte à deflagração da 7.ª fase da Lava Jato que prendeu os primeiros executivos de grandes empreiteiras do país.
Outro lado
A Andrade Gutierrez informou que sempre esteve à disposição da Justiça e disse que seus advogados estão analisando os termos da ação da PF para se pronunciar posteriormente. A defesa de Othon Luiz Pinheiro da Silva declarou estar em fase de análise dos motivos que levaram à prisão. Já o advogado de Flavio Barra não foi localizado na terça (29).
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