O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, viajou a Londrina, no Paraná, para assistir ao jogo de Brasil e Holanda ao lado de lideranças do partido no Estado. Estavam presentes no encontro o candidato tucano ao governo do Paraná, Beto Richa, o deputado federal Gustavo Fruet e o senador Flávio Arns, que deixou o PT para se filiar ao PSDB. Já o outro senador tucano pelo Paraná, Alvaro Dias, preterido em favor do deputado Indio da Costa (DEM-RJ) para ocupar a vaga de vice na chapa de Serra, não compareceu. Dias ficou em Brasília e assistiu ao jogo com a família.
Serra se sentou na primeira fila, ao lado de Arns, em um centro de convenções que transmitiu o jogo num telão. O presidenciável comeu um sanduíche de pão natural, queijo e tomate - cedendo parte dele a Gustavo Fruet - e ficou em pé quando Daniel Alves cobrou uma falta, no final do jogo.
"A dor da derrota", comentou, "é uma dor que vai ficar". Serra brincou com o auditório afirmando, em menção ao confronto entre Alemanha e Argentina, que sabia que todos ali eram "alemães desde criancinha". Ele afirmou que, como o voto, sua "torcida de agora em diante é secreta", e deixou a intriga do ar: "Sou três quartos italiano e um quarto argentino, pois uma avó era argentina".
Campanha
O candidato do PSDB à presidência, José Serra, disse hoje, em Londrina (Paraná), que fará o primeiro ato público de sua campanha em Curitiba, provavelmente na Boca Maldita, tradicional centro de manifestações e comícios da capital paranaense. A data ainda não está confirmada, mas, segundo sua assessoria, será segunda ou terça-feira da semana que vem. "Curitiba representa a média do sentimento nacional", justificou o tucano.
Serra não quis comentar a pesquisa Datafolha divulgada hoje, que contrariando os recentes levantamentos de Ibope e Instituto Sensus, o coloca na dianteira em relação à petista Dilma Rousseff. "Não comento pesquisas", disse. Segundo Datafolha, Serra tem 39% das intenções de voto e Dilma, 38%.
O tucano afirmou que a ausência de Dilma e demais candidatos à sabatina promovida ontem, em Brasília, pela Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil(CNA) é "ruim para o eleitor". "O candidato precisa expor suas ideias, não ocultá-las", disse. Ele observou que a ausência de Dilma a privou de apresentar seu pensamento sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ao lado dele. Em vez disso, "ela preferiu atacar-me a distância", afirmou.
Serra disse que não é necessário criar uma "central de defesa de boatos" para se defender do "terrorismo" praticado pelo PT e aliados, que o acusam de ter a intenção de extinguir os programas sociais do governo caso seja eleito. "O brasileiro me conhece e sabe que sou responsável ou participei da criação da maioria dos programas sociais vigentes".
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