O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, vai assumir o comando das ações federais de combate à criminalidade – tema que é de responsabilidade da pasta, recentemente rebatizada de Ministério da Justiça e Segurança Pública. Logo de início, ele terá o desafio de enfrentar duas crises: a do sistema carcerário e a ameaça de greve de policiais militares em diversos estados, que têm pressionado o Planalto a ajudá-los a resolver o problema. Também será o responsável por implantar o Plano Nacional de Segurança Pública. Apesar disso, essa não é uma “especialidade” de Serraglio.
Como deputado federal, o paranaense não tem atuação destacada na área. Desde 1999, quando assumiu uma cadeira na Câmara pela primeira vez, nunca participou da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado – nem como membro titular tampouco como suplente. O mais perto que chegou do assunto foi a suplência numa comissão especial que discutiu, em 2004, regras para a atuação de agentes de segurança privados.
Em seu blog, Serraglio também destaca, em seu currículo, diversas áreas de sua atuação parlamentar: temas de interesse do setor agropecuário, cooperativismo, reforma do Judiciário, novo Código Civil e demarcação de reservas indígenas. Não há nenhuma menção ao combate à criminalidade ou a políticas de segurança pública. Esses dois temas tampouco são citados uma única vez nos posts publicados pelo deputado desde 2014.
Por que a direita brasileira vê na eleição de Trump um impulso para o seu plano em 2026
Bolsonaro prevê desafios para Lula, seja com vitória de Trump ou Kamala; assista ao Entrelinhas
Trump e Kamala empatam na primeira urna apurada nas eleições dos EUA
As eleições nos EUA e o antiamericanismo esquerdista