O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, acha que ainda é cedo para pedir a prisão preventiva do empresário Marcos Valério. Segundo o procurador, a prisão restringiria o prazo de conclusão do inquérito porque, a partir de sua decretação, a polícia teria só mais 15 dias para concluir as investigações e encaminhá-las ao Ministério Público, que teria mais cinco dias para oferecer a denúncia à Justiça. O procurador-geral entende que esse processo precisa de pelo menos mais um mês para ser concluído. Ele só deve decidir pelo pedido de prisão do empresário quando tiver certeza de que as investigações estão avançadas, o que não deve ocorrer agora para não engessar as investigações.
Nesta quinta-feira, o procurador recebeu o presidente da CPI dos Correios, Delcidio Amaral (PT-MS), que, no entanto, não protocolou o pedido ao MP para que seja solicitada a prisão de Valério. O presidente da CPI foi pedir que o Ministério Público reforce a ajuda à comissão. Antonio de Souza informou a Delcidio que três procuradores serão deslocados para o trabalho.
Os parlamentares passaram mais de duas horas reunidos com os procuradores que vão acompanhar de perto o trabalho da comissão. Eles decidiram entregar nesta sexta-feira o requerimento para a prisão de Valério e apresentarão também o pedido de bloqueio dos bens do publicitário. A comissão vai pedir também à Receita Federal que abra procedimentos fiscais para investigar as empresas de Marcos Valério.
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