O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça-feira (8) que a situação do governador Agnelo Queiroz (PT) não guarda semelhança com a de seu antecessor, José Roberto Arruda, defenestrado do cargo no ano passado após a descoberta de um esquema de desvio de dinheiro público em sua administração. No ano passado,Gurgel chegou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) intervenção no Distrito Federal. Ele não tomou a mesma atitude após virem à tona denúncias de corrupção contra Agnelo.

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"Acho que o quadro é distinto. Estamos sim apurando quais irregularidades que poderiam ser de responsabilidade do atual governador do Distrito Federal, mas o quadro tem elementos, por enquanto, que não se assemelham de forma alguma com aquele que tivemos no passado", afirmou.

Ele evitou comentar a atitude de Agnelo de demitir a cúpula da Polícia Civil local após o vazamento de conversas telefônicas entre o governador e o policial militar João Dias, delator do suposto esquema de desvio de recursos.

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"É algo que teria que ser apreciado no âmbito do Ministério Público do Distrito Federal", disse.

Agnelo está sendo investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) junto com o ex-ministro do Esporte Orlando Silva por desvios de recursos do programa Segundo Tempo, gerido pela pasta. Agnelo foi ministro do Esporte entre 2003 e 2006. Segundo o procurador, não há novidades na investigação.

"Nos próximos dias, deveremos estar tendo vista dos autos para exame mais profundo. Temos que examinar os vídeos e periciar os vídeos para ver efetivamente sua validade e o que poderemos utilizar deles", disse Gurgel.