Ubirajara Ayres Gasparin foi exonerado do cargo de procurador-geral do Paraná. O decreto foi publicado nesta terça-feira (2). Segundo o Executivo, a exoneração foi “uma decisão interna” e “não há o que acrescentar” ao decreto assinado pelo governador Beto Richa (PSDB). Ele é a quinta autoridade do alto escalão a deixar o governo neste ano.
Trocas no alto escalão marcam início da gestão
Ubirajara Ayres Gasparin é a quinta autoridade a deixar um cargo de alto escalão no governo Beto Richa neste ano. A série teve início em março.
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A edição do Diário Oficial desta terça-feira (2) traz ainda a substituição de Henrique Naigeboren por Norberto Ortigara na presidência do Conselho de Administração do Paranaprevidência. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu, a substituição também é “uma decisão interna” do governo e não há o que comentar sobre a medida. Naigeboren foi conselheiro do Tribunal de Contas e é cunhado do ex-governador J aime Lerner. Ortigara é secretário da Agricultura.
À RPC, o governo informou que o diretor-geral da pasta, Paulo Sérgio Rosso, assume o cargo interinamente e que a exoneração não tem relação com escândalos recentes. O governo informou ainda que a exoneração não tem nenhuma ligação com o fato de o Ministério Público ter instalado procedimento preparatório para investigar se houve irregularidades no fato de o procurador do estado Sérgio Botto de Lacerda ter atuado na defesa de Luiz Abi Antoun, parente distante de Richa que chegou a ser preso por suspeita de fraude em licitação do estado.
Gasparin é procurador de carreira e estava na chefia da instituição desde março de 2014, quando substituiu Marisa Zandonai. Ele integra a carreira de procurador do Estado desde 1986.
O destaque positivo da gestão de Gasparin foi a participação dele no esforço que culminou na liberação de um empréstimo de R$ 817 milhões– o Paraná era o único estado que até então não tinha acesso ao crédito junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O destaque negativo ocorrera dois meses antes, com uma trapalhada da Procuradoria em relação a um recurso para impedir a recondução do ex-deputado estadual Fabio Camargo ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas. Eleito para o cargo em julho de 2013, Camargo foi afastado pelo Tribunal de Justiça em abril de 2014 e reconduzido no mesmo mês pelo Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria anunciou que recorreria da decisão do STF, mas teve que voltar atrás no dia seguinte. Na época, Gasparin justificou o recuo alegando erro nas informações recebidas do STF.
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